Ataque a tiros em Tel Aviv deixa dois mortos e sete feridos; tensão cresce em Israel
Israel tem observado, ao longo das últimas semanas, uma onda de ataques realizados em diferentes partes do país
Por: Alexandre Paes
Duas pessoas morreram em Tel Aviv nesta quinta-feira (7/4) depois que um homem entrou em um bar na cidade israelense e abriu fogo. Além disso outras sete pessoas ficaram feridas, sendo que 4 em condição grave, de acordo com o serviço nacional de emergências do país. A polícia local classificou o episódio de ataque terrorista, e o atirador ainda não foi localizado.
Equipes de emergência estão no local, e aqueles que vivem nos arredores receberam instruções para permanecer dentro de casa. O prefeito Ron Huldai afirmou que a principal suspeita é a de que o atirador seja um homem de origem árabe que realizou o ataque por motivações nacionalistas; uma foto dele foi divulgada.
Os dois homens que morreram no incidente tinham em torno de 30 anos, de acordo com o serviço nacional Magen David Adom. Outros dois homens e uma mulher tiveram ferimentos graves e recebem tratamento em hospitais, e quatro homens sofreram ferimentos leves.
Uma das vítimas, Mark Malfiev, de 27 anos, afirmou que estava passando pelo bar quando começou a série de disparos. Ele foi tratado por um ferimento causado por uma bala. “Eu vi a janela se estilhaçar, as pessoas começaram a correr, e eu senti uma pancada nas costas, eu senti muito sangue e vi sangue”, ele afirmou aos repórteres que o entrevistaram na cama do hospital.
Vídeo do momento que circula nas redes sociais mostra dezenas de pessoas correndo após o ataque, que teria ocorrido no bar Ilka, na rua Dizengoff, repleta de restaurantes e estabelecimentos comerciais. O grupo radical Jihad Islâmica comemorou o ataque. “Esta operação heróica nas profundezas de Tel Aviv confirma o quão suscetível Israel é a ser atingido”, disse Yousef al-Hasayneh, do alto escalão do grupo.
Conflito no país
Israel tem observado, ao longo das últimas semanas, uma onda de ataques realizados em diferentes partes do país. A época coincide com a celebração muçulmana do período sagrado do Ramadã, com o Pessach, a Páscoa judaica, e também com a Páscoa cristã.
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria de um dos ataques, no qual dois homens de origem árabe mataram dois policiais israelenses no final do mês passado. Os atiradores foram mortos na sequência, e ao menos três pessoas ficaram feridas.
