Submarino desaparecido está em fase “crítica” de oxigênio, diz Marinha argentina

Por enquanto, não foi estabelecido "nenhum tipo de contato" com a embarcação

Postado em: 22-11-2017 às 14h30
Por: Márcio Souza
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Por enquanto, não foi estabelecido "nenhum tipo de contato" com a embarcação

A Marinha da Argentina advertiu
hoje (22) que o submarino desaparecido há uma semana com 44 pessoas a bordo
entrou em uma fase “crítica” quanto à disponibilidade de oxigênio e
informou que, por enquanto, não foi estabelecido “nenhum tipo de
contato” com a embarcação.

Em entrevista coletiva, o capitão
Enrique Balbi, porta-voz da força naval, revelou que na terça-feira (21) à
tarde um navio americano tinha avistado dois sinalizadores brancos e um laranja
na área de busca do ARA San Juan, por isso foram enviadas outras três unidades
marítimas e uma aeronave.

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No entanto, após rastrear a área
de forma acústica com sonares e com imagens térmicas em infravermelho, além de
um “detector de anomalias magnéticas”, foi comprovado que não há
“nenhum tipo” de indício para comprovar que os artefatos foram
lançados do submarino.

“Estamos na parte crítica em
relação ao oxigênio, supondo que não tem capacidade de chegar a superfície e
poder renová-lo”, afirmou Balbi, que insistiu que não se descarta que o
submarino tenha conseguido sair da imersão, por isso continuam na “fase de
busca e resgate”.

O porta-voz da Marinha disse que
esta quarta-feira, quando se completa uma semana desde que o ARA San Juan se
comunicou pela última vez, é “um dia ótimo” para a exploração aérea e
marítima graças à melhora das condições climáticas, embora na amanhã (23) a
situação “comece a se complicar novamente”.

“Não posso fazer
conjecturas, não temos indícios”, afirmou Balbi, antes de insistir que
está sendo feito um esforço “humanamente muito grande” e com a
“mais alta tecnologia” de países estrangeiros. Ele isso pediu às
famílias dos 44 tripulantes que mantenham a esperança.

Além de cerca de 20 equipes
marítimas e aéreas nacionais, colaboram na operação com meios materiais e
humanos países de todo o mundo, como Estados Unidos, Reino Unido, Brasil,
Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, França e Espanha.

O último paradeiro conhecido do
submarino foi área do Golfo San Jorge, na Patagônia, a 432 quilômetros do
litoral, onde a embarcação seguia seu caminho desde a base naval da província
de Ushuaia a Mar del Plata, no sul de Buenos Aires, aonde deveria ter chegado
na segunda-feira (20). 

Fonte: Agência Brasil. Foto: EFE/David Fernández 

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