ONU retira refugiados da Líbia para Itália pela primeira vez

Os imigrantes africanos, incluindo muitas crianças pequenas, estavam com cobertores ou embrulhados em casacos conforme desembarcavam do avião em uma noite fria.

Postado em: 23-12-2017 às 18h10
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: ONU retira refugiados da Líbia para Itália pela primeira vez
Os imigrantes africanos, incluindo muitas crianças pequenas, estavam com cobertores ou embrulhados em casacos conforme desembarcavam do avião em uma noite fria.

A Organização
das Nações Unidas começou a levar nesta semana refugiados da Líbia para a
Itália, retirando-os de centros de detenção cujas condições foram condenadas
por grupos humanitários como desumanas. As informações são da Reuters.

Continua após a publicidade

Centenas de
milhares de imigrantes fugiram de conflitos ou de pobreza em casa e agora estão
presos na Líbia, onde aguardavam traficantes de pessoas que, mediante
pagamento, os levariam para a Europa via Itália.

Esta é a
primeira vez que o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur)
na Líbia retirou refugiados diretamente para a Europa. Um avião militar
italiano C-130 aterrissou ontem (23) em um aeroporto ao sul da capital
carregando 110 mulheres e crianças, e um segundo voo era esperado com mais de
50 pessoas mais tarde nesta sexta-feira.

Os imigrantes
africanos, incluindo muitas crianças pequenas, estavam com cobertores ou
embrulhados em casacos conforme desembarcavam do avião em uma noite fria.

“Nós realmente
esperamos que outros países sigam o mesmo caminho”, disse o enviado especial do
Acnur para o Mediterrâneo Central, Vincent Cochetel, em comunicado após
desembarque do primeiro avião.

“Alguns dos
retirados sofreram tremendamente e estavam sendo mantidos presos em condições
inumanas na Líbia. Cinco destas mulheres deram à luz enquanto em detenção, com
assistência médica muito limitada”, disse Cochetel.

A Acnur estima
que cerca de 18 mil pessoas estão sendo mantidas em centros de detenção para
imigrantes que são controlados pelo governo de Trípoli e busca retirar até 10
mil pessoas no próximo ano. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Massimo Percossi/EFE/direitos reservados 

Veja Também