Presidente da Câmara dos EUA pousa em Taiwan; China fala em infração severa
Pequim ameaça Estados Unidos com represálias e afirmou ter sobrevoado a ilha com aviões de guerra.
A presidente do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, pousou nesta terça-feira (2/8) em Taipei, capital de Taiwan. Ela deve se reunir com o governo da ilha e visitar o Parlamento local. Em resposta, a China, que reconhece Taiwan como parte de seu território, vê a visita como “infração severa”.
O governo chinês afirmou que seus aviões de guerra sobrevoaram a linha que divide o Estreito de Taiwan. A China afirmou, também, que monitoraram o trajeto do voo de Pelosi, que saiu da Malásia.
“A visita de nossa delegação do Congresso a Taiwan honra o compromisso independente dos EUA em apoiar a democracia vibrante de Taiwan”, disse Pelosi após pousar na ilha. “Nossa solidariedade com os 23 milhões de moradores de Taiwan é mais importante do que nunca, em um momento no qual o mundo encara uma escolha entre a autocracia e a democracia”, afirmou.
O governo da China vem alertando os Estados Unidos caso a presidente do Congresso visitasse Taiwan. Para os chineses, a visita é uma grave provocação. Em resposta, o Ministério da Defesa chinês disse que colocou suas Forças Armadas em alerta e que lançará “operações militares com alvos específicos”. De acordo com a agência de notícias Reuters, essas operações serão exercícios que incluirão viagens aéreas e marítimas conjuntas no norte, sudoeste e sudeste de Taiwan, disparos reais de longo alcance no Estreito de Taiwan e lançamentos de teste de mísseis no mar a leste de Taiwan.
Para o país asiático, a visita é “uma violação severa do princípio de Uma Só China, infringe severamente a soberania e a integridade territorial da China, prejudica severamente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e emite um sinal severamente errado às forças secessionistas da ‘independência de Taiwan'”.