Brasileiro ainda continua preso na Venezuela

Segundo a agência oficial de notícias do governo, ele é acusado de manter atividades desestabilizadoras contra o regime de Nicolás Maduro

Postado em: 03-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Brasileiro ainda continua preso na Venezuela
Segundo a agência oficial de notícias do governo, ele é acusado de manter atividades desestabilizadoras contra o regime de Nicolás Maduro

Ontem, completam cinco dias da prisão de Jonatan Moisés Diniz. O catarinense de 31 anos foi detido no dia 28 de dezembro pelas forças de segurança da Venezuela, no estado de Vargas. Segundo a agência oficial de notícias do governo, ele é acusado de manter atividades desestabilizadoras contra o regime de Nicolás Maduro.

O anúncio da prisão foi feito pelo parlamentar socialista Diosdado Cabello no programa que dirige no canal estatal VTV. Além de Jonatan, foram presos outros três venezuelanos. Eles fariam parte da Organização Não Governamental Time to Change the Earth (“tempo de mudar a Terra”, na tradução em português).

Continua após a publicidade

Para o governo, a entidade seria uma “organização criminosa com tentáculos internacionais”, que distribuiria alimentos e bens a moradores de rua com o objetivo de obter recursos em moeda nacional com vistas a promover ações contra o governo.

“Sabemos que esse tipo de ações da CIA (Agência Central de Inteligência), em outras ocasiões e em outros países, são fachadas para percorrer o país, identificar objetivos estratégicos, financiar terroristas e outros”, afirmou Cabello em seu programa.

Negociações

O governo brasileiro tenta, por meio do Ministério das Relações Exteriores, negociar a libertação de Jonatan. O Itamaraty informou à Agência Brasil que o consulado do Brasil em Caracas mantém tratativas com o governo venezuelano “para prestar a assistência consular cabível”, mas explicou que não divulgaria informações pessoais “em respeito à privacidade do brasileiro”.

A interlocução é feita pelo corpo diplomático que permaneceu no país, uma vez que nenhum dos dois chanceleres estão no exercício de suas funções.  

Veja Também