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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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'Kamikazes'

Como funcionam os ‘drones suicidas’ utilizados pela Rússia na guerra contra a Ucrânia?

Os drones tem nome oficial Shahed 136, e foram largamente utilizados atacar Kiev na última segunda-feira (17/10)

Postado em 18 de outubro de 2022 por Ícaro Gonçalves

Desde setembro, a Rússia tem usado mais um armamento na guerra contra a Ucrânia: os chamados “drones suicidas”. São veículos não-tripulados de mais ou menos 3,5 metros que cruzam os céus do território ucraniano e detonam cerca de 36 kg de explosivos, destruindo a si mesmos na explosão.

Os drones tem nome oficial Shahed 136, e foram largamente utilizados atacar Kiev na última segunda-feira (17/10). De fabricação iraniana e de difícil detecção, o armamento também é chamado de Geranium-2 pela Rússia. Ele voa baixo e é projetado para vagar sobre um alvo até que seja instruído a atacar, descendo a até 100 metros de distância.

O Teerã, grupo que comanda o governo do Irã, nega que esteja fornecendo o Shahed 136 a Moscou. Não existem informações exatas sobre quantos exemplares dos ‘drones suicidas’ a Rússia têm, mas os Estados Unidos disseram que o Irã planeja enviar mais centenas, informação que foi negada pelo país.

Leia também: “Rússia não pode apagar um estado soberano do mapa”, diz Biden após votação na ONU

Os Shahed-136 são relativamente baratos, custando cerca de US $ 20 mil (R$105,9 mil) cada, o que pode justificar o uso deles ao invés de mísseis de cruzeiro.  A primeira vez que a Rússia usou o veículo aéreo foi em 13 de setembro, atacando alvos perto de Kupiansk, uma cidade na região de Kharkiv, no leste do país.

No início de outubro, a Ucrânia disse que estava interceptando 60% de todos os Shahed-136 recebidos, com uso de mísseis antiaéreos e dispositivos eletrônicos de interferência. Mas derrubar todos é tarefa quase impossível.

“Eles voam baixo e você pode enviá-los em ondas. Esses enxames de drones são muito mais difíceis de combater pelas defesas aéreas”, disse o especialista militar Justin Crump, em entrevista à BBC.

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