Temperatura global bate recorde seguido na semana e acende alerta para riscos

Somente em março, mais de 112 pessoas morreram devido ao calor no México

Postado em: 06-07-2023 às 11h21
Por: Mariana Fernandes
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Somente em março, mais de 112 pessoas morreram devido ao calor no México | Foto: Banco de Imagens/ iStock

O planeta Terra atingiu esta semana a temperatura mais alta já registrada, pelo segundo dia consecutivo. Segundo dados do governo americano, a média global de temperatura foi de 17,18°C. Nesta segunda-feira (3), por exemplo, a temperatura média global estava 17,01 graus Celsius – sendo a mais alta desde o início dos registros. Porém, os graus subiram ainda mais na terça (4), atingindo os 17,18 graus Celsius. O recorde anterior de 16,92 graus Celsius foi estabelecido apenas em agosto de 2016.

Especialistas alertam que o recorde pode ser quebrado várias vezes este ano. Robert Rohde, principal cientista da Berkeley Earth, disse em um post no Twitter na terça-feira que o mundo “pode muito bem ter alguns dias ainda mais quentes nas próximas seis semanas”. Este recorde global é preliminar, mas é outra indicação de quão rápido o mundo está esquentando, já que a chegada do fenômeno climático natural El Niño, se soma ao aquecimento global causado pelas mudanças climáticas.

Nos Estados Unidos, o Texas e o Sul sofreram uma onda de calor brutal no final de junho, com temperaturas de três dígitos em Fahrenheit e umidade extrema, segundo dados da pesquisa. As altas temperaturas no México mataram ao menos 112 pessoas desde março.

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Outra onde de calor também chegou a matar 44 pessoas na Índia, no estado de Bihar. A China também não ficou para trás nos desastres e experimentou o maior número de dias quentes – onde a temperatura máxima diária ultrapassou 35 graus Celsius – durante um período de seis meses desde o início dos registros.

Cientistas apontam o levantamento é alarmente e precisa ser combatido o quanto antes. “É preciso parar de queimar combustíveis fósseis, não em décadas, mas agora. Este dia é apenas um número, mas para muitas pessoas e ecossistemas é uma perda de vidas e meios de subsistência”, alertou Friederike Otto, professor sênior de ciência do clima no Grantham Institute for Climate Change and the Environment.

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