Ataques israelenses em Gaza continuam entre alertas em Israel

A nova rodada de ataques de Gaza foi seguida por uma noite de bombardeios sobre "várias posições militares", incluindo "um complexo utilizado para preparar ataques terroristas incendiários"

Postado em: 15-07-2018 às 08h10
Por: Guilherme Araújo
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A nova rodada de ataques de Gaza foi seguida por uma noite de bombardeios sobre "várias posições militares", incluindo "um complexo utilizado para preparar ataques terroristas incendiários"

O Exército israelense continuou os ataques a vários “alvos terroristas” em Gaza neste sábado, quando foram novamente ativadas as sirenes antiaéreas em comunidades de Israel adjacentes ao enclave e após o disparo de pelo menos 31 projéteis por milícias palestinas na última noite.

As Forças Armadas informaram em comunicado que estavam “atacando alvos terroristas” na Faixa durante esta manhã, quando voltaram a soar os alertas aéreos nas regiões israelenses de Sha’ar HaNeguev, Eshkol e Hof Ashkelon por disparos.

A nova rodada de ataques de Gaza foi seguida por uma noite de bombardeios sobre “várias posições militares”, incluindo “um complexo utilizado para preparar ataques terroristas incendiários”, uma instalação de treino e dois túneis no norte e no sul do enclave, após o lançamento de 31 projéteis palestinos, seis deles interceptados pelo sistema antimísseis Cúpula de Ferro.

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“O bombardeio foi realizado em resposta aos atos terroristas durante os distúrbios violentos ocorridos ontem ao longo da cerca de segurança, além dos contínuos ataques incendiários que danificam o território israelense diariamente com o lançamento de projéteis da Faixa”, declarou o Exército, que responsabiliza o Hamas pelas agressões.

Fawzi Barhoum, porta-voz do movimento islâmico que controla a Faixa desde 2007, disse em comunicado que o Hamas “manda uma mensagem clara (a Israel) e garante o equilíbrio da dissuasão rápida para obrigar o inimigo a deter a escalada”.

O braço armado do grupo, as Brigadas de Ezzedine al Qassam, responsabilizou completamente as autoridades israelenses por “mais agressões sobre Gaza” e advertiu que “pagarão um alto preço pela obstinação”.

Enquanto isso, o movimento Jihad Islâmica, o segundo maior na Faixa, afirmou que a “resistência não hesitará em responder a qualquer agressão contra Gaza”: “O tempo que passou sem resposta terminou”, acrescentou.

A tensão é alta na linha divisória desde o dia 30 de março, quando começaram as manifestações que reivindicam o direito ao retorno e contra o bloqueio imposto à Faixa, nas quais morreram 139 palestinos, a maioria nos protestos. Israel considera que o movimento islâmico Hamas utiliza essas manifestações para se infiltrar e cometer ataques “terroristas”.

(Agência EFE)

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