Incêndio Florestal atinge Havaí e número de mortos chega a 93

Apenas dois corpos, dos 93, foram devidamente identificados

Postado em: 13-08-2023 às 13h55
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: Incêndio Florestal atinge Havaí e número de mortos chega a 93
Autoridades preveem que o número de vítimas pode crescer ainda mais | Foto: Reprodução

Os incêndios florestais que atingiram Maui, no Havai, registrou até o momento 93 vítimas fatais, de acordo com os dados divulgados pelas autoridades locais neste domingo (13). O evento é o incêndio mais fatal registrado nos Estados Unidos, superando Camp Fire, onde 85 mortes foram registradas.

As buscas continuam nas áreas afetadas, e as autoridades preveem que o número de vítimas pode crescer ainda mais. “Vai aumentar”, afirmou o governador do Havaí, Josh Green, referindo-se aos óbitos. “Nossa prioridade agora é apoiar aqueles que sobreviveram, proporcionando-lhes abrigo e cuidados médicos, para depois começarmos o processo de reconstrução”.

Reconhecimento

A identificação das vítimas está sendo um processo lento. Duas dos 93 óbitos confirmados até o momento, foram devidamente identificados. Os incêndios ainda consomem partes de Maui, com dois dos três focos ainda ativos, conforme relatório recente do condado. A verificação das identidades das vítimas está sendo dificultada pela necessidade de análises genéticas ou dentárias.

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O governador Josh Green declarou que esses incêndios são a “maior catástrofe natural que o Havaí já enfrentou”, superando inclusive as 61 mortes registradas após um tsunami em 1960. Antes de se tornar um estado em 1959, o Havaí enfrentou outra tragédia em 1946, quando um tsunami tirou a vida de 158 pessoas.

As perdas materiais também são catastróficas, com estimativas de danos chegando a cerca de 6 bilhões de dólares. “Se olharmos para o que aconteceu em West Maui, 2.200 estruturas, das quais 86% são residenciais, foram destruídas ou danificadas”, enfatizou Green.

Autoridades afirmam que na quarta-feira (9), cerca de 14 mil pessoas evacuaram da ilha de Maui, enquanto na sexta-feira (11), deslocaram aproximadamente 14.500 para ilhas vizinhas.

Não funcionaram

Sirenes que deveriam alertar sobre desastres naturais iminentes não operaram conforme o esperado. Além disso, embora autoridades tenham enviado alertas através de dispositivos móveis, emissoras de televisão e estações de rádio, a falta de energia restringiu a abrangência desses avisos.

“Descobrimos que havia um incêndio quando já estava do outro lado da rua”, relatou Vilma Reed, de 63 anos, no estacionamento de um centro para desabrigados, à agência de notícias AFP.

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