Jornalista brasileiro visita local de festa rave onde jovens foram massacrados pelo Hamas em Israel

O jornalista e correspondente internacional de conflitos Roberto Cabrini visitou neste último domingo uma matéria exclusiva da Record TV do massacre na rave no último dia 7, tomando a vida de mais de 260 pessoas, incluindo três brasileiros. A matéria fez parte do programa Domingo Espetacular e junto a edição de imagem e vídeo há uma demonstração visual de como se deu o ataque.

O local, de acordo com o repórter, é perto do conflito que situa na região de Gaza com muita movimentação de veículos militares e soldados. Para acessar, é necessário um documento especial assumindo o seu próprio risco e responsabilidade. Hoje, faz parte de um posto avançado militar para combate em Gaza.

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Como é possível ver na reportagem, o local permanece como se o atentado fosse recém cometido, buracos de balas, roupas soltas, lixo espalhado, carros queimados e malas fechadas, muitas sem ninguém para reivindicar os pertences. Por motivos óbvios, os cadáveres foram retirados pelo exército para encaminhamento dos familiares e muitos dos guerrilheiros que assassinaram os jovens ainda permanecem soltos em Gaza, incluindo os reféns capturados. A brasileira Celeste Fishbein, é uma das vítimas capturadas pelos extremistas.

O atentado de um “Universo Paralelo”

O país judeu é reconhecido mundialmente por seus festivais de música eletrônica, as planícies e o clima áridos fazem o local perfeito para estes eventos que duram dias com muita agitação. Neste caso em específico, era a vez do Juarez Petrillo, conhecido por ser o pai do DJ goianiense Alok, em que patrocinava a festa Universo Paralelo.

O segundo dia do evento amanheceu com imagens peculiares, centenas de foguetes saindo de Gaza e indo em direção a Israel. Entretanto, a visão e os barulhos de explosões distantes não despertaram todos do transe musical. 

Foi só após o avistamento de homens armados (alguns chegando de paraquedas) que muitas pessoas se deram conta de estarem presenciando um atentado terrorista, com pouca chance de escapatória. Como é possível ver no vídeo abaixo, os membros do Hamas se comprometeram em causar o maior número possível de mortes. Contudo, grande parte do exército israelense estava no outro lado do país esperando um ataque da Cisjordânia, local que recentemente houveram levantes contra a administração de Israel.

O fato do ataque ter pegado a inteligência e o exército israelense de surpresa acabou selando o destino de muitas das pessoas que atendiam as festas durante o dia de sábado, não apenas as pessoas da rave, pois era um feriado religioso para os judeus. Como retaliação, no mesmo dia Israel começou o bombardeio de Gaza que continua até os dias de hoje, nove dias depois, tirando a vida de mais de 2.700 pessoas, muitas sendo idosos, mulheres e crianças.