Netanyahu cita versículo da Torá para negar cessar-fogo na Faixa de Gaza

A Bíblia diz que há o tempo de paz e o tempo de guerra. Esse é o tempo da guerra”, disse, citando o livro sagrado do judaísmo

Postado em: 31-10-2023 às 08h46
Por: Ícaro Gonçalves
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A Bíblia diz que há o tempo de paz e o tempo de guerra. Esse é o tempo da guerra”, disse, citando o livro sagrado do judaísmo | Foto: Reprodução/Twitter/X

Nesta segunda-feira (30/10), o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou a possibilidade de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Falando em inglês, Netanyahu citou um trecho da Torá para defender a continuidade dos ataques e disse que aceitar um cessar-fogo seria se render ao terrorismo.

“Pedir por um cessar-fogo é pedir para Israel se render ao Hamas, se render ao terrorismo, se render à barbárie. Isso não vai acontecer. Senhoras e senhores, a Bíblia diz que há o tempo de paz e o tempo de guerra. Esse é o tempo da guerra”, disse, citando o livro sagrado do judaísmo.

Proposta de troca de reféns por prisioneiros

Lideranças do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, propuseram a troca dos cerca de 200 reféns israelenses pelo que eles chamam de presos políticos. Segundo as Nações Unidas, mais de 5 mil palestinos estão presos em Israel, incluindo 160 crianças.

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No pronunciamento, Netanyahu exigiu a liberação de todos os reféns imediatamente e voltou a exigir que os civis evacuem o norte da Faixa de Gaza.

“Nós estamos nos esforçando para evitar ao máximo vítimas civis. Não apenas pedindo que os civis se mudem, mas também encontrando lugares para que eles estejam em segurança com suporte humanitário, com alimentos, com água, com medicamentos”, declarou o primeiro-ministro.

Vítimas da guerra

Desde o início da represália israelense contra o Hamas, mais de 8 mil palestinos morreram em Gaza, aponta levantamento da ONU. Sete em cada dez vítimas são mulheres e crianças. Mais de 1,4 milhão de pessoas estão desabrigadas, o que representa cerca de 60% da população de Gaza.

Leia também: Israel chama cessar-fogo de “absurdo” e classifica ONU como “corrupta”

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