Papa pede atenção para detectar ideologias de totalitarismo

Na Lituânia, Francisco lembrou os anos difíceis da ocupação soviética, mas também o período da invasão nazista

Postado em: 24-09-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Na Lituânia, Francisco lembrou os anos difíceis da ocupação soviética, mas também o período da invasão nazista

Papa Francisco pediu para que se dê atenção delicada aos excluídos, às minorias e lembrou da destruição do “Gueto de Vilnia”

O papa Francisco pediu, no domingo, (23) para que se possa detectar a tempo qualquer aumento das ideologias totalitárias. A declaração foi dada durante a oração do Ângelus que pronunciou após a missa que celebrou na cidade de Kaunas, na Lituânia.

Francisco chegou no sábado (22) à Lituânia para seu percurso pelos países Bálticos, e, nos discursos pronunciados –  inclusive na homilia da missa –,  quis lembrar os anos difíceis da ocupação soviética, mas também o período da invasão nazista.

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No parque Santakos de Kaunas, após rezar uma missa para cerca de 100 mil pessoas, segundo a Igreja local, Francisco falou de quem quer “submeter os mais frágeis, usar a força em qualquer de suas formas: impor um modo de pensar, uma ideologia, um discurso dominante, usar a violência ou repressão para oprimir”.

“Há 75 anos, esta nação presenciava a destruição definitiva do Gueto de Vilnia; assim culminava o aniquilamento de milhares de judeus que já tinha começado dois anos antes”, lembrou Francisco.

Ele pediu para se lembrar “daqueles tempos e pedir ao Senhor que dê o dom do discernimento a todos para detectar a tempo qualquer aumento dessa atitude perniciosa, qualquer ar que enfraqueça o coração das gerações que não viveram aquilo”.

Na Lituânia, o único país com maioria católica (cerca de 80% da população) dos Bálticos, o pontífice lembrou uma “tentação sobre a que todos devem vigiar com insistência: o desejo de supremacia, de se sobressair aos demais”

“Quantas vezes aconteceu que um povo acredite ser superior, com mais direitos adquiridos, com mais privilégios a preservar ou conquistar?”, perguntou o papa.

Francisco se despediu pedindo para que se trabalhe para dar “a atenção delicada aos excluídos, às minorias, para que se afaste das culturas a possibilidade de aniquilar o outro, de colocar ele de lado, de continuar descartando quem nos incomoda e ameaça nossas comodidades”. 

Fonte: Agência Brasil

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