Homem desaparecido há 26 anos é encontrado vivo no sótão de vizinho

Omar havia desaparecido em 1998, durante a guerra civil na Argélia

Postado em: 17-05-2024 às 12h06
Por: Tathyane Melo
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Omar foi encontrado vivo no sótão de um vizinho, a apenas 200 metros da casa onde morava com sua família | Foto: Reprodução/Via BBC

Após 26 anos desaparecido, Omar Bin Omran, hoje com 45 anos, foi encontrado vivo no sótão de um vizinho, a apenas 200 metros da casa onde morava com sua família. Omar havia desaparecido em 1998, durante a guerra civil na Argélia, e sua família temia que ele estivesse entre os milhares de mortos e desaparecidos do conflito.

A descoberta ocorreu no dia 12 de maio, quando as autoridades locais, agindo com base em uma denúncia anônima, encontraram Omar escondido debaixo de um palheiro. 

“Após este relato, o procurador-geral ordenou a abertura de uma investigação aprofundada e os agentes foram à casa em questão,” afirmou um oficial da Justiça.

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A operação levou à prisão de um homem de 61 anos, identificado como B.A., que é suspeito de tê-lo sequestrado. O suspeito tentou fugir quando percebeu a presença dos policiais, mas foi rapidamente contido e preso.

De acordo com relatos do irmão de Omar, divulgados nas redes sociais, a motivação por trás do sequestro está relacionada a uma disputa por herança. O sequestrador, B.A., teria aproveitado a confusão e o caos da guerra para raptar Omar e mantê-lo em cativeiro.

Omar relatou às autoridades que, durante os 26 anos de cativeiro, ocasionalmente via sua família à distância, mas nunca conseguiu pedir ajuda. B.A. havia convencido Omar de que ele estava sob “um feitiço”, o que o manteve submisso e sem esperança de fuga. 

Após ser resgatado, Omar foi levado para cuidados médicos e psicológicos. As autoridades destacaram a gravidade do caso e a necessidade de uma investigação completa. “A investigação ainda está em andamento, e estamos focados em garantir que Omar receba todo o apoio necessário,” afirmou um porta-voz do Ministério Público, que classificou o crime como “atroz.”

A notícia da descoberta de Omar trouxe alívio e tristeza à sua família. A mãe de Omar faleceu em 2013, sem jamais saber que seu filho estava vivo. 

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