Haddad presenteia Papa Francisco com cuia de chimarrão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presenteou o Papa Francisco com uma cuia de chimarrão durante uma audiência no Palácio Papal, no Vaticano, em alusão à tragédia climática no Rio Grande do Sul. No encontro, Haddad também entregou ao pontífice um livro do ex-deputado Gabriel Chalita.

Em troca, Haddad recebeu a Medalha Pontifícia, honraria concedida aos que participam de audiências papais. Esta reunião marcou o encerramento da viagem oficial do ministro à Itália.

A audiência foi privada, e apenas os momentos iniciais e finais foram divulgados pela mídia oficial do Vaticano. De acordo com o Ministério da Fazenda, Haddad abordou temas como a proposta brasileira de taxação dos super-ricos, a crise da dívida dos países pobres e as enchentes no Rio Grande do Sul.

Após o encontro, o ministro compartilhou nas redes sociais uma mensagem sobre o combate global à miséria e à pobreza. O Papa Francisco, em suas redes sociais, ressaltou a importância de princípios de justiça e solidariedade para reduzir a desigualdade global e defendeu uma nova arquitetura financeira internacional.

Em fevereiro, o Brasil propôs no G20 a taxação de cerca de 3 mil super-ricos, destinando os recursos arrecadados para a redução das desigualdades e enfrentamento das mudanças climáticas.

Conferência

Na quarta-feira (5), Haddad participou da conferência “Enfrentando a Crise da Dívida no Sul Global”, co-organizada pela Universidade de Columbia e pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais. O ministro reafirmou o compromisso do Brasil com a resolução da crise da dívida pública em países em desenvolvimento e destacou a necessidade de taxar os super-ricos para financiar a reconstrução do Rio Grande do Sul.

Na oportunidade, Haddad também se reuniu com o ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, para discutir o acordo Mercosul-União Europeia, e com o ministro da Economia e das Finanças da Itália, Giancarlo Giorgetti, com quem conversou sobre a situação geopolítica global e a proposta de taxação dos super-ricos. A iniciativa brasileira recebeu apoio de França, Espanha, Colômbia, União Africana, Bélgica e, recentemente, da África do Sul, que assumirá a presidência do G20 no próximo ano. No entanto, os Estados Unidos rejeitaram a proposta.

Com informações da Agência Brasil