Lula relaciona tentativa de golpe na Bolívia às reservas de lítio e gás

Presidente confirmou viagem ao paísno próximo mês

Postado em: 27-06-2024 às 17h48
Por: Vitória Bronzati
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Conhecido como “ouro branco” ou “petróleo do século 21”, o lítio é essencial para a transição energética e para as baterias dos carros elétricos | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (27), que a tentativa de golpe na Bolívia pode estar relacionada às reservas de lítio, gás e outros minérios do país. “A Bolívia é um país com muitos interesses internacionais focados lá porque é a maior reserva de lítio do mundo e outros minerais críticos de muita importância, além de ter gás. É preciso que a gente tenha em mente que tem interesse em dar golpe”, declarou o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.

Conhecido como “ouro branco” ou “petróleo do século 21”, o lítio é essencial para a transição energética e para as baterias dos carros elétricos. Na América Latina, 53% do lítio está concentrado em Chile, Bolívia e Argentina.

Lula confirmou sua visita à Bolívia no dia 9 de julho, onde se encontrará com o presidente Luis Arce, em Santa Cruz de la Sierra, e também com empresários locais. A visita ocorrerá após a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, marcada para os dias 7 e 8 de julho, em Assunção, no Paraguai. “Vou lá para fortalecer o Luis Arce, para fortalecer a democracia e mostrar para os empresários que é muito importante que se mantenha a Bolívia governada democraticamente. Se não for assim, a Bolívia nem pode entrar no Mercosul”, afirmou Lula.

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Tentativa de Golpe

Na quarta-feira (26), um grupo de soldados do Exército, liderado pelo general Juan José Zúñiga, se reuniu na Plaza Murillo, onde estão localizados o palácio presidencial e o Congresso boliviano. Com tanques blindados, arrombaram uma porta do palácio presidencial, permitindo a entrada dos soldados no prédio. O presidente Luis Arce nomeou novos comandantes para as Forças Armadas, e os soldados se retiraram do local. Zúñiga e cerca de dez militares foram presos.

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