Bolívia: presidente eleito diz que Morales não terá papel no governo

Do exílio na Argentina, Morales segue como presidente do partido boliviano MAS | Foto: ABr.

Postado em: 21-10-2020 às 08h15
Por: Nielton Soares
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Do exílio na Argentina, Morales segue como presidente do partido boliviano MAS | Foto: ABr.

O presidente eleito da Bolívia,
Luis Arce, disse à Reuters nessa terça-feira que “não há papel” em
seu governo a ser desempenhado pelo ex-presidente Evo Morales, líder de seu
partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), que comandou o país por quase 14 anos
antes de renunciar em meio a pressões no ano passado e deixar a Bolívia.

Arce chega ao poder após vencer a
eleição de domingo (18) com a apuração oficial – tecnicamente ainda em
andamento – mostrando que a maioria dos votos foi dada a ele, colocando os
socialistas de volta no poder no país andino um ano após a saída de Morales.

Do exílio, na Argentina, Morales
segue com o cargo de presidente do MAS, mas Arce disse que a influência nessa
posição será limitada. “Ele não terá qualquer papel em nosso
governo”, disse Arce à Reuters, na sede do MAS, na capital administrativa
da Bolívia, La Paz.

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“Ele pode retornar ao país
quando quiser, porque é boliviano,  mas
no governo sou eu que devo decidir quem fará parte da administração e quem não
fará”.

Morales vive fora da Bolívia
desde que deixou o país no ano passado, após uma eleição marcada por acusações
de fraudes. Ele nega as acusações e diz que foi derrubado do poder por um golpe
de direita. O ex-presidente enfrenta ainda uma série de acusações de corrupção,
que também nega.

“O direito ao devido
processo legal não foi respeitado em muitos casos contra ele”, disse Arce.
“Lamento que a política tenha sido judicializada, a direita judicializou a
política”.

Como ministro das Finanças de
Morales, Arce ajudou a comandar uma economia que cresceu mais rapidamente do
que qualquer outra na região. Mas quando ele assumir a Presidência no mês que
vem, enfrentará uma recessão.

“Vamos ter que adotar
medidas de austeridade. Não há outra opção se não temos receita suficiente para
cobrir os gastos atuais”, disse.

O presidente eleito, de 57 anos,
afirmou que o modelo econômico que ajudou a implementar no governo Morales
funcionou no passado e funcionará novamente.

Educado no Reino Unido, o
socialista, que disputou a eleição com uma plataforma de gastos em bem-estar
social, afirmou que os cortes não afetarão os investimentos públicos, a
prioridade para reativar o crescimento.

FEBRE AMARELA A secretaria
municipal de saúde confirmou nesta terça-feira (20) mais uma morte de um macaco
por febre amarela. Com isso, Goiânia registra 3 casos confirmados em animal e
um em investigação.

Outra confirmação foi na cidade
de Abadia de Goiás, na região metropolitana da capital. Desde o último sábado a
vacinação contra a doença foi liberada para adultos. Todos os postos de saúde
da capital possuem a dose.

A orientação para aqueles que não
têm certeza se já foi vacinado é que busque um posto de saúde. (ABr)

 

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