Humanização da comunicação para atrair consumidores

Confira o artigo de opinião, desta segunda-feira (10/01), por Giselle Freire

Postado em: 10-01-2022 às 10h12
Por: Redação
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Confira o artigo de opinião, desta segunda-feira (10/01), por Giselle Freire

Quando foi decretado estado de emergência em todo mundo devido à presença de um vírus, em março de 2020, muitas coisas mudaram em nossas vidas. O que era pra ser uma semana de quarentena, acabou tornando-se 1 ano e 9 meses de combate incessante ao coronavírus. Ao longo deste período, a sociedade passou por mudanças: costumes foram repensados, novos hábitos foram adquiridos no dia a dia e a Transformação Digital ganhou força, impactando diretamente na relação das pessoas entre si e com o consumo de produtos e serviços. 

Segundo um estudo realizado pela consultoria Ebit/Nielsen, mais de 7,3 milhões de brasileiros realizaram suas primeiras compras pela internet no primeiro semestre de 2020, o que representou um aumento de 40% no segmento. Essa alteração forçada de clientes, que antes gostavam de consumir produtos e experiências de forma física/presencial, obrigou as marcas a repensarem rapidamente a forma de se comunicar. 

A principal mudança no comportamento, no entanto, não terá relação com o consumo de mídia, mas na forma como as empresas se relacionam com as pessoas. O engajamento socioambiental e as estratégias de relacionamento das corporações com seus públicos seguirão como prioridade. A abertura de um diálogo social é imperativo entre marcas e seus consumidores, e deve ser feita sempre com foco em um propósito bem alinhado aos princípios das empresas.  Afinal, marcas que fazem a diferença para a sociedade e que são verdadeiramente úteis em sua vida, tendem a ter mais probabilidade de sucesso nesta nova fase da transição digital. 

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Essa mudança de mindset acontece em um momento no qual há um incremento substancial nas verbas de marketing digital das empresas. A representatividade deste segmento no bolo publicitário brasileiro muito provavelmente chegará mais perto da média global de 40%. Dentro deste cenário, as marcas têm mudado suas diretrizes quando o assunto é compartilhamento e engajamento. Além do “Share of Market” e “Share of Mind”, as empresas  precisam focar no “Share of Heart” dos seus consumidores.

Um forte exemplo disso está na indústria de construção civil, onde players como InterCement, Duratex e Husqvarna, estão investindo na comunicação omnichannel – multicanal em português – para atingir engenheiros e arquitetos, mestres de obra e pedreiros, ajudantes, entre outros profissionais que trabalham no segmento. No caso dessas empresas, as publicações realizadas em plataformas digitais, tiveram um acréscimo de 40% no engajamento, elevando também o desempenho em vendas e consumo de produtos. 

De fato as organizações entenderam que ter uma comunicação cada vez mais humanizada nos diversos canais digitais é um fator essencial para criar uma proximidade com o público. Ao priorizar a criação de um diálogo com a sociedade em tempo real por meio de conversas relevantes, as marcas conseguem “entrar” na vida do consumidor de forma efetiva e, com isso, acabam aproximando essa relação. 

Atualmente, é possível dizer que a publicidade está cada vez mais humana e conectada com diversas causas e movimentos sociais. Felizmente, as empresas estão saindo de cima do muro e girando sob o centro de gravidade que mais importa: o consumidor. O momento é de encontrar um equilíbrio nas comunicações entre o novo normal e o lado social dos afetos, que aflorou ainda mais na pandemia. Certamente, quem conseguir aprimorar essa relação sairá na frente da concorrência.

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