Quinta-feira, 28 de março de 2024

Inovabilidade em prol da redução do impacto ambiental

Confira o artigo de opinião, desta quarta-feira (09/02), por Paulo Gandolfi

Postado em: 09-02-2022 às 10h12
Por: Redação
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Confira o artigo de opinião, desta quarta-feira (09/02), por Paulo Gandolfi

Os avanços tecnológicos transformaram o modo como as empresas estão inovando. Nos últimos anos, uma nova categoria de inovação passou a ser demandada pelos stakeholders: o uso das tecnologias limpas com foco na sustentabilidade, contida na agenda ESG – sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança. Com essa premissa cada vez mais relevante, surgiu o conceito de “inovabilidade”, que traz a união dos termos “inovação” com “sustentabilidade”.

O cuidado com o meio ambiente é uma preocupação antiga e, atualmente, contamos com empresas que vêm trabalhando em soluções para reduzir o impacto ambiental. O mercado acelerou essa tendência nos últimos anos, especialmente em virtude da Covid-19. No entanto, um dos grandes desafios para uma companhia que usa compostos poliméricos como base em seus produtos, por exemplo, é encontrar uma matéria-prima que venha de fonte renovável e tenha menor impacto ambiental. 

Para isso, é essencial que todas as áreas do negócio se comprometam a buscar soluções e projetos que substituam a base fóssil com o mesmo desempenho e com custo competitivo. Outra opção é contar com ajuda de startups que desenvolvem soluções de tecnologia limpa, bem como as CleanTechs e Universidades, que são consideradas grandes aliadas neste processo.

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Além da responsabilidade corporativa, no Brasil, há também diversas regulamentações e legislações a serem cumpridas, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei que organiza a forma como o país lida com os resíduos dos consumidores. O dispositivo exige dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento dos resíduos e essa é uma grande oportunidade para empresas irem além das metas estabelecidas, trazendo respostas efetivas aos clientes, que estão cada vez mais preocupados com questões ambientais.

Ações que buscam a eficiência energética e hídrica nos processos produtivos, além da diminuição no volume de embalagens, são bons exemplos de como incentivar a cadeia a adotar melhores práticas. Ao ir além do que é mandatório, mostramos para os parceiros, investidores, colaboradores, clientes e toda a sociedade o compromisso com a inovação voltada à sustentabilidade. 

Ainda quando pensamos em entraves, um deles diz respeito à eliminação de aterros sanitários. Trata-se de uma realidade em países como o Japão, onde os habitantes separam os resíduos em até 45 categorias diferentes e o lixo é destinado ou reaproveitado na cadeia de valor. Cidades europeias também estão neste caminho e o Brasil precisa fazer um esforço concreto para se adequar a essa nova realidade. Para as companhias, uma opção é aliar-se às cooperativas de recicladores para fomentar também a economia por parte da população.

Por fim, considero que um dos maiores pilares para o futuro é a circularidade. O grande desafio que fica para as empresas é encontrar formas de transformar o ciclo de vida dos produtos, gerando valor em toda a cadeia, que abrange desde os fornecedores, parceiros comerciais, clientes e colaboradores, até a destinação final. Acredito que qualquer transformação para um mundo sustentável passa pela união e colaboração dos diversos entes da cadeia para garantir a circularidade e o futuro do nosso planeta e de todos nós.

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