Fitoterápico não tem efeito colateral: Mito ou Verdade?

Confira o artigo de opinião, desta sexta-feira (15/04), por Mariana Cristina de Morais

Postado em: 15-04-2022 às 09h23
Por: Redação
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Confira o artigo de opinião, desta sexta-feira (15/04), por Mariana Cristina de Morais

Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou a cartilha sobre o uso de fitoterápicos e plantas medicinais com o objetivo de instruir a população quanto ao uso seguro de plantas medicinais e fitoterápicos. O objetivo é desmistificar a máxima de que se é natural “não tem problema” pode ser ingerido a qualquer hora, de qualquer maneira e em qualquer quantidade.

Assim como todo e qualquer medicamento, os fitoterápicos passam por um rigoroso controle de qualidade, desde a coleta do material vegetal, que inclui a identificação e o processamento correto da planta medicinal e todos os procedimentos de controle de qualidade físico químicos e microbiológicos para que não sejam encontrados contaminantes, como areia, microrganismos, metais pesados, agrotóxicos e outros, provenientes do processo de coleta ou colheita, ou mesmo do processamento da planta medicinal.

Portanto, o uso de qualquer fitoterápico deve ser orientado por profissionais que conheçam a fitoterapia e que tenham autorização para indicá-los. A autorização é dada pelo conselho de cada profissão, por exemplo, o Conselho Federal de Medicina, ou de Farmácia, não sendo responsabilidade da Anvisa.

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Alguns fitoterápicos são indicados para doenças de alta gravidade, como é o caso da Valeriana officinalis, que é indicado para ansiedade e distúrbios do sono. Estes fitoterápicos devem ter acompanhamento médico, sendo que só podem ser prescritos por esses profissionais. Estes medicamentos, quando industrializados, possuem em sua rotulagem uma faixa vermelha com a indicação de que só podem ser prescritos por um médico.

Existem ainda outros fitoterápicos que são isentos de prescrição. Eles podem ser indicados por outros profissionais, como os farmacêuticos ou nutricionistas, por exemplo a cáscara sagrada californian buckthorn muito utilizada por sua propriedade laxativa.

Como qualquer medicamento, o mal uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas à saúde, como: alterações na pressão arterial, problemas no sistema nervoso, fígado e rins, que podem levar a internações hospitalares e até mesmo à morte, se a planta for usada de modo incorreto.

Existe a crença popular de que “um produto natural, se bem não fizer, mal não vaifazer”, mas essa afirmação não é verdadeira, e é ainda mais preocupante para fitoterápicos irregulares. Existe a possibilidade de estarem contaminados com microrganismos, substâncias tóxicas ou mesmo com medicamentos sintéticos.

A planta é um ser vivo e, por isso, pode sofrer influências da natureza, o que é determinante na presença de contaminantes e na produção de suas substâncias ativas. O mesmo pode ocorrer durante as etapas de limpeza, secagem, armazenamento e produção do fitoterápico.

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