Hiperconvergência: será o próximo passo para otimizar a infraestrutura?

Na infraestrutura hiperconvergente, a rede, a computação e o armazenamento são estruturados em um hardware único e virtualizados

Postado em: 16-07-2022 às 09h21
Por: Mariana Fernandes
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Na infraestrutura hiperconvergente, a rede, a computação e o armazenamento são estruturados em um hardware único e virtualizados | Foto: Reprodução

Ricardo Perdigão

Quando a norma do mercado é a jornada para a nuvem e o uso de grandes data centers, identificar que essa estratégia de migração pode não ser a ideal para determinadas aplicações de negócio pode soar estranho, não? Optar por uma infraestrutura on-premise, como uma infraestrutura hiperconvergente (hyper-converged infrastructure – HCI), parece até ser uma forma arcaica de gerenciar sistemas.

Em termos de funcionalidades, esses modelos de infraestrutura são muito semelhantes, oferecendo escalabilidade, tornando possível aumentar (ou diminuir) a carga de processamento, flexibilidade, assim como confiabilidade.

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Mas é preciso entender o que vale a pena ser migrado para a nuvem ou hospedado em um grande data center, com todos os custos envolvidos, e o que pode ter um melhor gerenciamento em uma infraestrutura hiperconvergente. A computação em nuvem faz muito sentido para ferramentas como e-mail e softwares de colaboração, mas, por exemplo, pode não ser a melhor opção para a replicação de sites de recuperação de desastres.

Então, qual é o melhor modelo operacional de infraestrutura de TI para gerar mais eficiência e, ao mesmo tempo, melhor resultado econômico?

Recursos mais próximos

Na infraestrutura hiperconvergente, a rede, a computação e o armazenamento são estruturados em um hardware único e virtualizados em conjunto. Em comparação com a infraestrutura convergente – uma combinação orientada a hardware de rede e computação – a hiperconvergência reúne três elementos de data center em um ambiente virtualizado.

Empresas optam pela hiperconvergência para manter os recursos mais próximos sem perder poder e desempenho, combinando e virtualizando o hardware, mas mantendo os recursos on-premise para reduzir a latência, aumentar a visibilidade, fornecer maior agilidade, eficiência e qualidade aos processos. Com isso, em vez de contar com algumas unidades convergentes localizadas na borda da rede corporativa, a infraestrutura hiperconvergente se torna parte da infraestrutura central do data center.

Especialistas indicam que a infraestrutura hiperconvergente é o próximo passo lógico para a otimização da infraestrutura e evolução dos data centers. A primeira foi a infraestrutura tradicional, com instalações, data centers, servidores, computadores desktop de hardware de rede e soluções de software de aplicativos corporativos. Em seguida, veio a infraestrutura convergente, que aproveitou a rede definida por software para ajudar a virtualizar o armazenamento e o gerenciamento de rede. Agora, a hiperconvergência possibilita combinar as principais funções das tecnologias de computação, armazenamento e rede como um único cluster de TI.

Segundo o relatório “Hyper-Converged Infrastructure Market”, elaborado pela empresa 360 Research Reports, por conta da pandemia, o tamanho global do mercado de infraestrutura hiperconvergente deve atingir US$ 6,891 milhões em 2022, com previsão de um volume de US$ 14,520 milhões até 2028 com um CAGR de 13,2% durante o período.

Mudanças mais suaves e ágeis

Para os executivos nível-C, a hiperconvergência vem ao encontro de um grande desafio: a necessidade de mudança. No atual cenário político e econômico global, as demandas de negócios podem mudar rapidamente e exigir a introdução de novos modelos na cadeia de produção. Mas, como não é possível prever essas novas demandas em tempo real com 100% de assertividade, é preciso contar com agilidade para se adaptar às mudanças, recurso oferecido pela hiperconvergência.

Esse modelo também fornece informações precisas e análises de ponta que são necessárias para formular um plano de negócios ideal e definir o caminho certo para o crescimento rápido de todas as áreas.

Com essas informações, os líderes estarão mais aptos a desenvolver novas estratégias, concentrados em oportunidades de mercado, com mais agilidade e flexibilidade.

Ricardo Perdigão é diretor de empresa da área de gestão de serviços de tecnologia da informação

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