Adial e a força da industrialização

A empresa surge com propostas diferenciadas, com o foco em defesa técnica do setor, embasadas em estudos jurídicos e ciência econômica

Postado em: 21-09-2022 às 09h19
Por: Redação
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Ela foi relevante para fazer com que Goiás hoje pense industrialmente | Foto: Reprodução

Zé Garrote

A indústria goiana se consolidou neste século, apesar do longo ciclo de recessão e estagnação econômica que já se acumula nos últimos seis anos. Mas a história de lutas e conquistas vem ainda das últimas décadas do século passado, com a forte industrialização dos anos 1980 e 1990. Iniciava ali um ciclo contínuo de expansão e profissionalização do setor em Goiás. Não apenas surgiam marcas, produtos e indústrias diariamente, ganhava força no vocabulário da nossa economia a palavra industrial – que começa a deixar de ser um setor acessório para o protagonismo em Goiás.

Exatamente quando este forte ciclo de expansão ganha robustez, em 1995, surge a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiá (Adial), uma entidade com perfil muito profissional, com missões e papel relevantes para o desenvolvimento do Estado, mantendo uma postura isenta e um trabalho contínuo pela consolidação do parque fabril. 

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A Adial surge com propostas diferenciadas, com o foco em defesa técnica do setor, embasadas em estudos jurídicos e ciência econômica; com atuação e apoio na atração de novas fábricas para Goiás; com a atualização, acompanhamento e defesa no Executivo, Judiciário e Legislativo dos programas de incentivos fiscais, que foram diferenciais nas últimas décadas de uma distribuição em todo território nacional do setor industrial, antes concentrados em três ou quatro Estados.

Neste mês, a Adial completa 27 anos, ciente da responsabilidade crescente de ser referência na transformação e inovação do setor. Podemos dizer com tranquilidade que se Goiás hoje é reconhecidamente um Estado industrial, as cinco diretorias que nos antecederam na Adial neste período têm um papel relevante, pois são industriais que não só fizeram de suas empresas exemplos e orgulho para o Estado, mas tornaram a entidade vitoriosa em boa parte dos desafios que enfrentou e possibilitou às fábricas goianas essa expansão. 

Podemos dizer que o trabalho da Adial foi relevante para fazer com que Goiás hoje pense industrialmente. Goiás é hoje referência na produção industrial de alimentos, líder nacional na produção de medicamentos (em volume de produção), o maior entre os emergentes na produção de veículos e de biocombustíveis, entre outros. Aliás, essa diversificação de setores é um dos grandes atributos da nossa indústria, que hoje já está espalhada por mais de 200 municípios goianos – um dado que mostra o tamanho da disseminação no Estado.

A Adial, aos 27 anos, chega madura, com projetos focados em setores estratégicos, como desenvolvimento regional, ESG, qualificação da mão-de-obra, incentivos fiscais, logística, comunicação, entre outros. Em meu primeiro ciclo na entidade, fiz questão de fortalecer todas ações implementadas nas diretorias anteriores, que são projetos muito bem elaborados e já consolidados, e estamos evoluindo para novas frentes, como o próprio ESG e um amplo recadastramento industrial, entre outros, que vão fortalecer a marca Adial e manter o respeito no setor produtivo goiano.

A indústria é um orgulho de Goiás. Grandes nomes e marcas do Estado hoje fazem parte do grande livro do setor empresarial brasileiro. Boa parte destes líderes passaram ou pertencem ainda à Adial. Eles deixaram seu legado e absorveram também a cultura da entidade, que já se consolidou no cenário produtivo de Goiás. Hoje, ao presidir a entidade, compreendo seu tamanho, sua relevância e seu papel mediador, sendo uma cadeira do industrial nas principais mesas de discussões das legislações, dos projetos de desenvolvimento e de planejamento de Goiás. Que a Adial represente, por várias décadas, a força da indústria de Goiás.
Zé Garrote é empresário e presidente do Conselho da Adial

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