Paulo Garcia admite aproximação com PSD

Prefeito nega saída do PT, mas revela ter conversado com Vilmar Rocha sobre eventual aliança

Postado em: 17-02-2016 às 08h10
Por: Redação
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Prefeito nega saída do PT, mas revela ter conversado com Vilmar Rocha sobre eventual aliança

Venceslau Pimentel

Com relações estremecidas com o PMDB, o prefeito Paulo Garcia (PT) busca alternativas de alianças políticas, para fortalecer a legenda nas eleições em Goiânia e tentar eleger o seu sucessor, que tem como pré-candidatos os deputados Adriana Accorsi e Luis Cesar Bueno.

O petista revelou ontem, em entrevista à imprensa, após lançar a obra de construção da Maternidade Oeste, que conversou sobre o assunto com dois auxiliares do governador Marconi Perillo (PSDB): os secretário Vilmar Rocha, de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos; e Thiago Peixoto, de Gestão e Planejamento.

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Os três almoçaram juntos, no dia 26 de janeiro. No cardápio, uma eventual aliança político-eleitoral na capital. A articulação ganha força, já que Rocha é presidente estadual do PSD e, em 2014, disputou uma cadeira no Senado, com o apoio do Palácio das Esmeraldas. Não logrou êxito, mas foi contemplado, logo em seguida, com a chefia da Casa Civil. 

Procurado pelo O Hoje para comentar o teor da conversa do almoço com o prefeito, o secretário evitou falar sobre o assunto. Ontem, 20 dias após o encontro, o petista confirmou a conversa política.

De início, Paulo Garcia negou que tenha havido convite de Rocha para se filiar ao PSD. Ele contou que recebeu essa proposta do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que presidente o PSD nacionalmente, quando da vinda dele, há um ano, mas que não teria aceitado o convite. O ex-prefeito de São Paulo esteve em Goiânia para o lançamento das obras de revitalização da Praça Cívica, ao lado de Paulo e de Marconi.

“Não tenho o menor desejo de deixar o PT”, disse o prefeito, ao mesmo tempo em que avaliou erros pontuais do partido, mas disse considerar importante a participação da legenda no processo de redemocratização do país. “Meu apreço pelo partido não diminuiu em nada”, disse.

Já quanto ao encontro com Rocha e Thiago, o prefeito disse que conversaram, sim, sobre política e o processo sucessório na capital. Indagado se uma eventual aliança estaria sendo alinhavada, respondeu “que houve avanços significativos”, e que a imprensa teria resposta no momento oportuno. Lembrou que há, sim, possibilidade de aliança com partidos que fazem parte da base de apoio da presidente Dilma Rousseff. 

Pré-candidatos

O PSD é um deles, mas que conta com dois pré-candidatos a prefeito: os deputados estaduais Virmondes Cruvinel e Francisco Júnior. Vilma Rocha tem dito que o partido, que faz parte da base de apoio de Marconi, não abrirá mão de lançar nome próprio para a sucessão do prefeito petista.

A aliança político-eleitoral, selada entre o PT e o PMDB de Iris Rezende, em 2008, pode caminhar para o fim, neste ano eleitoral. O sinal mais claro do distanciamento ficou acentuado com o rompimento entre Paulo Garcia e o seu vice Agenor Mariano (PMDB). O estopim foi a aprovação do aumento do IPTU, no final de 2015, que o prefeito propôs e a Câmara de Goiânia aprovou, com o apoio de vereadores peemedebistas. Depois disso, também esfriou o relacionamento do petista com Iris Rezende. 

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