Marconi declara apoio a Vecci e elogia prévias

Encontro estadual do PSDB reuniu ontem pela manhã políticos e militantes tucanos no Parque Agropecuário da Nova Vila, em Goiânia

Postado em: 28-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Encontro estadual do PSDB reuniu ontem pela manhã políticos e militantes tucanos no Parque Agropecuário da Nova Vila, em Goiânia

Sara Queiroz (Especial para o hoje)

Ao lado do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), o governador Marconi Perillo (PSDB) declarou apoio à pré-candidatura de Giuseppi Vecci para as eleições municipais Goiânia e afirmou que o deputado federal “é qualificadíssimo” para o cargo que os tucanos já não ocupam há quase vinte anos. A declaração ocorreu durante encontro do PSDB Goiás que ocorreu na manhã de ontem, e contou com várias lideranças políticas tucanas e aliadas, e pré-candidatos do partido de todos os municípios de Goiás. Ele também reiterou o apoio ao novo secretário de Segurança Pública e vice-governador José Eliton (PSDB) e reagiu à polêmica criada pela nomeação do comandante metropolitano da Polícia Militar, tenente-coronel Ricardo Rocha.

Segundo Marconi, o PSDB deu “uma lição de democracia em Goiás ao convocar as prévias” e que “eventuais discrepâncias serão corrigidas ao longo do tempo”. Ele elogiou o processo vivido pelo partido, em Goiânia, e declarou que apesar de siglas da base aliada pretenderem lançar candidaturas próprias, o segundo turno será de união. Em seu discurso, o governador teceu inúmeros elogios a Vecci, afirmou que o nome do deputado federal é o mais qualificado para Goiânia e que foi ele,  há 20 anos, ensinou o que é um planejamento adequado de governo.

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Ao comentar sua pré-candidatura com a imprensa, Giuseppi Vecci disse que quer devolver ao cidadão goianiense o orgulho de viver na cidade. Ele reiterou que as prévias foram um momento democrático dentro do partido e que elas criaram as condições para energizar a militância do PSDB. Segundo o deputado, o partido saiu das prévias unido: “Se enganou quem pensou que o partido sairia dividido. Hoje estamos mais unidos e mais fortes para humanizar Goiânia”.

Vecci também condenou as críticas sobre sua pré-candidatura e a disputa das prévias. “Eu não estou aqui para investigar, estou no PSDB desde 1990. Tenho história, sou vice-presidente nacional, ajudei a trabalhar e nunca me achei melhor do que ninguém”, alfinetou. A definição de sua pré-candidatura permite, segundo ele, a realizar de forma mais ampla ações com a sociedade.

Segurança Pública

Marconi Perillo comentou sobre o novo momento da Segurança Pública com a chegada de José Eliton à pasta. De acordo com ele, a população pediu rigor e é essa a resposta do Governo Estadual. “Estamos colocando profissionais experientes no combate à criminalidade. A população se cansou e nós tomamos medidas duríssimas para afugentar os bandidos”.

Sobre as críticas à nomeação do tenente-coronel Ricardo Rocha, que já enfrentou processos federais relativos a grupos de extermínio na capital. Segundo Marconi, o coronel é “um comandante extremamente operacional” e que já foi “absolvido de vários processos”.

“Quando matam pessoas inocentes eles criticam, quando a gente bota alguém rigoroso para combater os bandidos criticam também. Assim não dá. Nós temos que levar essas coisas a sério”, desabafou o governador.

José Eliton também comentou a polêmica. Disse ter total confiança no novo comandante do Policiamento da capital. De acordo com o secretário, “não há nenhuma sentença judicial condenatória”, contra Rocha, e que já ouve arquivamento de vários processos contra ele. Ele reafirma que, além de proteger a população, o Estado quer proteger as forças policiais. “O coronel Ricardo Rocha tem meu total e irrestrito apoio”.

Renúncia de Dilma

As críticas ao governo federal deram o tom aos discursos dos tucanos no evento. O senador Aécio Neves declarou que o Brasil vive hoje a mais grave crise da história contemporânea e que ela se chama Dilma Roussef (PT), atual presidente da República. De acordo com ele, enquanto ela estiver governando o Brasil, o país não vai conseguir retomar o processo de crescimento.

“Acho que está chegando a hora da presidente da República Dilma Roussef refletir e, quem sabe, em um gesto de grandeza, deixar a Presidência da República para que o Brasil possa trilhar um novo caminho”, declarou o senador em meio a aplausos. Aécio também criticou as tentativas de citarem o nome dele nas investigações da Lava-Jato, comandada pela Polícia Federal, e disse que nenhum brasileiro teve a vida mais investigada do que ele.

Marconi também teceu críticas ao governo Dilma e disse em seu discurso que o Brasil vive a maior crise da história e que é preciso de “um choque de gestão”. 

Aécio vê Marconi como pré-candidato em 2018 

Durante o evento do PSDB Goiás, Aécio Neves elogiou com entusiasmo o plano político e de gestão do governador Marconi Perillo. “Nenhum outro líder do PSDB foi mais ativo, mais solidário ao PSDB do que o governador Marconi Perillo. Ele é um dos mais solidários e fortes governadores da República”, disse o senador.

Ao lado de Marconi, Aécio disse que o governador de Goiás é “um nome colocado hoje, não só pelos seus aliados, mas por vários companheiros do PSDB, em várias partes do país como possível candidato a presidência da República, e ele tem todas as credencias para isso”. O presidente nacional do partido completou dizendo que Marconi é um dos quadros mais qualificados que o PSDB tem para a disputa presencial de 2018.

Aécio também enalteceu a reforma administrativa feita pelo governador e afirmou que se não fosse pela visão de Marconi, o Estado poderia estar enfrentando a crise de forma mais dramática. “Não há governo que tenha perspectiva de aumentar investimentos, mas existem alguns que se precaveram e que tiveram a coragem de tomar medidas de contenção. E de todos essas administrações, a do governador Marconi é um exemplo, pelo número enxuto de secretarias, número enxuto de comando e sobre tudo pela coragem”.

O senador também endossou o discurso de Perillo, ao pedir mais recursos da União para combater a criminalidade nos Estados. De acordo com ele, não há transferência de recursos programados pelo federal que seja minimamente suficiente para apoiar os governos estaduais. 

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