“Paulo Garcia é refém da inoperância da prefeitura”

Venceslau Pimentel, Sara Queiroz e Rubens Salomão Primeiro a se lançar como pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) diz que

Postado em: 05-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Venceslau Pimentel, Sara Queiroz e Rubens Salomão

Primeiro a se lançar como pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) diz que o prefeito Paulo Garcia (PT) é refém da inoperância da própria prefeitura, quando o assunto é o caos no transporte público da capital. Para ele, o fato de o seu partido fazer parte da base do governo estadual não irá interferir no seu posicionamento perante o eleitor. Em entrevista ao O Hoje, ele afirma que, em momento algum se colocou como um dos nomes da base aliada, e que se posiciona como candidato independente. Veja trechos da entrevista. 

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A sua pré-candidatura foi a primeira a ser oficializada. Como você está fazendo a estruturação da candidatura trabalhando a partir do recall que teve a partir das eleições passadas?

Está tudo dentro do planejado. Quando você lança uma pré-candidatura, primeiro, você tem os prós e contras, e medimos tudo, mas até o momento está tendo mais prós do que contras, porque as pessoas acreditam mais. Tivemos no início, por parte de alguns adversários, a tentativa dde esqualificar nossa candidatura, falando que eu havia desistido de ser candidato, mas isso foi caindo por terra. Hoje não há mais esses boatos e a nossa candidatura vem recebendo reforços importantíssimos. O projeto do PSB tem crescido muito não só em Goiânia, mas em todo o Estado. Temos recebido o apoio de muitos lideres em Goiânia e não temos nada do que reclamar. Está tudo dentro do programado e com a estratégia definida nessa pré-campanha.

Então não existe a possibilidade do PSB fazer composição e apoiar outras posições nessas eleições?

Não há mais essa discussão dentro do PSB. Nossa pré-candidatura está colocada e só depende hoje de nós mesmo. E o nosso grupo, hoje, está muito unido com o PSC, PPS e mais alguns outros partidos que estamos acertando. Devemos ter cerca de seis a sete partidos conosco.

Como está a conversa com os outros partidos. Vai agregar alguém forte na chapa?

Temos. A vinda da senadora Lúcia Vânia é um exemplo, que é um nome fortíssimo em Goiás; o deputado estadual Virmondes Cruvinel também agrega; o deputado Simeyzon, que já era parceiro, e agora, mais do que nunca, nesse projeto. Então já ganhamos uma musculatura muito grande , mais do que no final de 2014,  e se tínhamos dúvidas naquela época se conseguiríamos fazer uma aliança mais forte, hoje não temos mais. Estamos conversando já, mas essa decisão fica mais para o final. Hoje eu tenho autorização para falar que nossa chapa é do PSB, PSC e PPS. Mas estamos animados com o rumo das nossas conversas com os outros partidos. Mas quero deixar bem claro que eu não trabalho para uma aliança muito ampla, porque eu quero ter a liberdade de escolher as pessoas certas para os cargos certos aqui em Goiânia. Essas alianças grandes dificultam muito você fazer uma administração voltada para o cidadão e resolver os problemas que precisam ser resolvidos. Eu procuro conversar com gente de bem que venha agregar politicamente, mas que também tenham conteúdo técnico e que nos ajude a administrar Goiânia.

Virmondes Cruvinel é seu pré-candidato a vice?

O Virmondes Cruvinel é um excelente candidato a vice, até mesmo porque o seu nome foi colocado para pré-candidato a prefeito. E você conversa com ele e percebe que tem grande conhecimento de Goiânia. Eu terei o melhor prazer de tê-lo comigo nessa chapa. Mas não depende só de mim.

São várias pré-candidaturas da base do governo estadual. Isso dificulta a formação de um discurso, de um posicionamento no meio dessas outras pré-candidaturas que são aliadas ou contra o governo?

De forma alguma. Em lugar nenhum eu me coloquei como candidatura da base aliada. Aliás, sempre preguei e trabalhei por nossa candidatura, independente, e há um custo para isso. Eu não tenho participação de cargos em governos ou prefeituras, e isso eu falo de cabeça erguida. Para manter uma candidatura independente, como a nossa, não é fácil, mas também se eu quero levar a mensagem de 2010, 2014 e essa agora, eu não posso ser candidato nem de base nem de oposição. Eu me coloquei como uma candidatura alternativa e uma forma diferente de administrar.

Mas esse vinculo que vemos entre a senadora Lúcia Vânia e o governador Marconi Perillo, isso de certa forma não te coloca frente ao eleitor como alguém que vai ser candidato da base do governador?

Não vejo dessa forma, e nós temos pesquisa que mostram que os eleitores sabem distinguir isso. Eu fui candidato duas vezes sendo oposição a ele. O que as pessoas muitas vezes querem fazer essa ligação é que pra você ir num projeto político você tem que ser inimigo desse e daquele. Eu nunca tercerizei briga de ninguém, como, por exemplo, do ex-governador Alcides Rodrigues, que eu respeito muito, com o governador Marconi Perillo, ou do governador com Jorcelino Braga ou com o Ronaldo Caiado, de forma alguma fiz isso. Respeito todos e todos são meus amigos. Não tem porque eu ir num projeto, que hoje é municipal, não é estadual, e sair atirando para todos os lados. Quando me fazem as perguntas com relação a Goiânia e seus problemas, e sobre o governo do Estado, eu tenho feito minha observação, como por exemplo, as Organizações Sociais , que sou totalmente contra. A nossa forma de nos apresentar e administrar é completamente diferente dos dois. Eu defendo uma nova forma de administrar, que não é nem da oposição nem da situação, e eu tenho que brigar por isso. 

Que nota você daria para a gestão de Paulo Garcia?

Eu não dou nota para ninguém. Eu sou um candidato que entrou na disputa para Goiânia porque não concorda com essa forma de administrar. Se eu der uma nota para o prefeito vai parecer que estou falando que quando pior é melhor, e sempre falo o seguinte, é que a administração hoje está péssima e que o eleitor não está satisfeito. A cidade está sem iluminação, com buracos, está suja, você não vê melhorias para resolver problemas de desenvolvimento da nossa capital, para o transporte coletivo, para o trânsito.

O prefeito hoje é refém das empresas de transporte?

É refém da inoperância da própria prefeitura. Eu não fiquei refém das empresas (como ex-prefeito de Senador Canedo), só que eu cheguei e apresentei as soluções, e falei que precisava das empresas para fazer parte da solução também, precisa deles. Agora tem que ser o órgão fiscalizador que vai ditar as regras do transporte coletivo e dar condições para eles de trafegabilidade para eles levarem ônibus para todos os lugares de Goiânia até chegar ao ponto do goianiense deixar o carro em casa e pegar um ônibus que vai chegar mais rápido em seu trabalho. Estou vendo a questão da Zona 40, e penso que estão colocando em Goiânia agora tantas regras e o poder público não deu nenhuma solução anterior para diminuir o trânsito ali para chegar e colocar essas normas. São só regras e o que foi feito para melhorar? Nada.

O que você pensa sobre gestão regionalizada em Goiânia?

As administrações regionais são as soluções que eu vejo. Inclusive, estamos discutindo isso, onde vão ser e as áreas que vamos conseguir sem custos para a prefeitura fazer essas administrações. 

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