Peemedebistas tentam minimizar denúncia sobre propina a Iris

Aliados afirmam que o caso não têm credibilidade, e que não vai influenciar sobre sua candidatura

Postado em: 06-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Aliados afirmam que o caso não têm credibilidade, e que não vai influenciar sobre sua candidatura

Sara Queiroz

Peemedebistas goianos procuram amenizar as denúncias feitas contra o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), pela Revista Época, de que ele teria recebido 500 milhões de cruzeiros enquanto era governador do Estado de Goiás, em seu primeiro mandato (1983/1986), cuja propina, supostamente dada pela Odebrecht, o teria ajudado a comprar uma fazenda no Mato Grosso. Para o PMDB Goiânia, as denúncias não têm credibilidade e não vão influenciar na possível candidatura do ex-prefeito para a disputa das eleições em Goiânia.

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Deputado estadual e presidente do diretório metropolitano de Goiânia, deputado Bruno Peixoto, disse que já tentaram envolver o nome de Iris em vários atos de corrupção e desonestidade e, segundo ele, nunca conseguiram, pois o líder peemedebista sempre foi “um homem correto e honesto”. O deputado também afirma que não é possível dar crédito a um órgão de opressão aos que combatiam a ditadura nos anos 1980, e que agora denunciam Iris.

O órgão que Bruno se refere é o Serviço Nacional de Informações (SNI), criado durante a ditadura militar, e onde a revista semanal baseou os dados que mostram o suposto recebimento de propina por parte de Iris da empreiteira Odebhecht. O presidente metropolitano afirma que a fazenda que Iris Rezende adquiriu na época foi anterior ao período em que ele havia sido governador.

Segundo Bruno Peixoto, as acusações não vão influenciar, “de forma nenhuma” , a uma possível campanha do peemedebista na disputa na capital. “O povo conhece o Iris Rezende, sabe que seu nome é limpo, sabe que essas acusações são falsas”.

O mesmo acredita o vereador Clécio Alves. Para ele, “não é Revista Época ou quem quer que seja que vai conseguir manchar a história do Iris para Goiás e para o Brasil”. Clécio acredita que as citações da revista sejam armações políticas. Como Bruno Peixoto, ele também confirma que a fazenda do peemedebista, em Mato Grosso, no município de Canarana, foi comprada antes de sua gestão como governador e adquirida com recursos do frigorífico de seu pai.

“Não tem nenhum político que tenha sido investigado e averiguado como foi Iris, que teve sua vida passada a limpo e não encontraram nenhuma irregularidade em seu nome”, alegou o vereador.

A vereadora Célia Valadão, também filiada ao PMDB, disse que a reportagem da Época é fruto de um oportunismo do processo político que está cada vez mais feroz, e que querem acusar o ex-prefeito, pois “sabem que ele é uma liderança forte e incontestável”. Segundo ela, não há nenhuma preocupação de que as denúncias influenciem na escolha do peemedebista para ser candidato do partido.

Indecisão

Célia disse que sua única preocupação em relação a Iris é  “se ele tem disposição para entrar na disputa”. O líder peemedebista ainda não deu nenhum sinal concreto em relação à confirmação de seu nome na disputa. Apesar disso, Bruno Peixoto declara que tem “plena convicção que ele será candidato em 2016”.

Já Clécio Alves adota um discurso mais de cautela em relação à candidatura de Iris. “Ninguém tem a autoridade ou legitimidade para dizer se ele vai ser ou não candidato. Eu não sinto essa confiança, ele não afirmou para mim. Cabe única e exclusivamente a Iris, no momento que ele sentir que é o melhor, se declara candidato”, pontuou.

A desfiliação de vereadores do partido (cinco no total), não significa para Bruno e Clécio a suposição de que Iris não seja candidato. O presidente metropolitano acredita que aqueles que deixaram o PMDB tinham como único objetivo manter os cargos na prefeitura de Goiânia. Clécio Alves afirmou que respeita e não faz críticas aos vereadores que deixaram a bancada, mas que “Iris jamais deveria ser candidato para agradar bancada de vereadores”, e que pressões dos parlamentares para a confirmação de sua candidatura seria um desrespeito. 

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