Thiago retorna à Câmara para votar pelo impeachment

Deputado licenciado, secretário deixará o cargo, provisoriamente, para participar da votação na Câmara Federal, semana que vem

Postado em: 07-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Deputado licenciado, secretário deixará o cargo, provisoriamente, para participar da votação na Câmara Federal, semana que vem

Sara Queiroz

O secretário estadual de Desenvolvimento, deputado federal Thiago Peixoto (PSD), se licenciará do cargo na pasta, na próxima semana, para votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Assim como dito pelo presidente estadual do partido, Vilmar Rocha, na semana passada, Peixoto confirmou que os integrantes da legenda estão liberados para votar a favor ou contra o processo de impedimento, mesmo com a permanência do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, no comando do Ministério das Cidades.

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Peixoto declarou que Kassab entende o posicionamento dos deputados, que, segundo Vilmar, votariam, em sua maioria, a favor do impeachment. “No meu caso, eu volto para a Câmara na semana que vem para votar pelo impeachment, que entendo que é o caminho melhor para o Brasil trilhar”, adiantou.

Perguntando se tinha informação sobre o posicionamento de Kassab, o parlamentar respondeu que não, mas disse entender que a saída dele do ministério seria a melhor escolha. Porém, ele pontuou que se Kassab “deu essa liberdade de escolha aos deputados, de votarem contra ou a favor do impedimento, acho que ele pode também tem essa mesma liberdade de continuar como ministro”.

Além de Thiago Peixoto, o PSD tem outro deputado na Câmara dos Deputados: Heuler Cruvinel, que também deve votar favorável ao impeachment.

Thiago Peixoto observou que o Brasil poderia se inspirar na história recente da Argentina, para trilhar novos caminhos na política e na economia. Ele aponta que a mudança da liderança no país vizinho “mudou completamente o comportamento da população. Com Mauricio Macri na presidência, o país, segundo o deputado, passou a ser vistos como mais atrativo aos investidores. Segundo ele, tal fato mostra o papel político na história das crises. “O presidente Macri não teve ainda condições de fazer muitas mudanças, mas o simples fato da alternância de poder fez com que o país melhorasse. Novas lideranças podem representar isso”.

Questionado se seria o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a nova liderança capaz de mudar a situação do Brasil, o secretário indicou a capacidade de diálogo e articulação do peemedebista, mas acredita que um processo de decisão popular eleitoral traria mais legitimidade para o processo que vive o Brasil e suas consequências. 

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