Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Comissão debate parecer de Impeachment; acompanhe ao vivo

Pelo menos 108 parlamentares já estão inscritos para se manifestar, além dos 25 líderes partidários

Postado em: 08-04-2016 às 16h00
Por: Redação
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Pelo menos 108 parlamentares já estão inscritos para se manifestar, além dos 25 líderes partidários

Começou há pouco na Comissão do Impeachment da Câmara dos
Deputados sessão para debater o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO)
favorável à continuidade do processo de impedimento da presidente Dilma
Rousseff. Até o início da tarde, pelo menos 108 parlamentares já estavam
inscritos para se manifestar, além dos 25 líderes partidários que também têm
direito à palavra na sessão. Cada um dos integrantes do colegiado e as
lideranças terão 15 minutos e parlamentares não membros da comissão poderão
falar por 10 minutos.

As discussões sobre o texto ocorrerão somente hoje (8), e a
sessão terá que ser encerrada até as 3h da madrugada de amanhã (9). Este foi o
acordo firmado pelos partidos com o presidente do colegiado, Rogério Rosso
(PSD-DF), no início da tarde desta sexta-feira, depois de quatro dias de
tentativa de negociação. O acerto ainda prevê que, na próxima segunda-feira
(11), a comissão volta a se reunir já para votar o texto. O processo de votação
deve durar cerca de cinco horas, considerando que a votação só ocorre depois da
manifestação de líderes e orientações de bancada.

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O resultado da votação será lido na próxima sessão ordinária
do plenário da Câmara, o que deve ocorrer na terça-feira (12), para que seja
publicado no Diário da Casa no dia seguinte. Quarenta e oito horas depois, o
parecer entra na Ordem do Dia da Casa para ser discutido e votado pelos 513
deputados. Qualquer decisão, precisa de dois terços dos votos.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
criticou os deputados que optarem por se ausentar da decisão do impedimento da
presidenta Dilma.

“Acho muito pouco provável que algum parlamentar queira
ficar para a história como ausente, sob suspeição por não participar de um
processo desse. Dificilmente ele conseguirá explicar a seus eleitores por que
esteve ausente. Aqueles que têm sua posição vão exercê-la aqui, seja para um
lado ou para outro”, disse, ao delcarar que a ausência será interpretada como
não acolhimento à denúncia.

Eduardo Cunha ainda repetiu as informações sobre o rito do
processo e negou que o esteja conduzindo para que a votação ocorra no fim de
semana, na busca pelo apoio de manifestantes nos arredores do Congresso
Nacional. “Não sou favorável, nem contrário. A adesão popular acontecerá no dia
em que houver votação e em qualquer circunstância. Não vejo isso como estímulo
ou desestímulo, mas como consequência natural de um processo que precisa ser
encerrado”. As previsões de Cunha indicam uma discussão lenta que poderá levar
mais de um dia. “O impeachment do Collor foi feito em dois dias. São
513 parlamentares, o que pode resultar em oito horas de votação. Prevejo no
mínimo três dias de sessão. Não quer dizer que vá acabar no domingo. Pode
acabar na segunda. Isso já aconteceu várias vezes na Casa”, disse. (Agência
Brasil)

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