Edinho Silva nega esquemas de propinas em campanha de Dilma

Em nota, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República disse que as acusações são "mentirosas"

Postado em: 10-04-2016 às 08h00
Por: Redação
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Em nota, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República disse que as acusações são "mentirosas"

O ministro-chefe da
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva,
disse ontem (9), em nota, que são “mentirosas” as alegações sobre a
existência de um esquema de propinas envolvendo empresas responsáveis por obras
do governo federal, cujo objetivo seria financiar a campanha de 2014 da
presidenta Dilma Rousseff à reeleição.

Segundo a reportagem, Azevedo entregou uma
planilha à Procuradoria-Geral da República (PGR) com a informação sobre
doações. A planilha foi detalhada tanto por Otávio Marques quanto pelo
ex-executivo da construtora Flávio Barra, em depoimentos colhidos em fevereiro
durante a negociação da delação com a procuradoria.

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De acordo com reportagem do jornal Folha
de S.Paulo, publicada na quinta-feira (7), o ex-presidente da Construtora
Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo disse em delação premiada à
força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, que a empresa pagou propina
oriunda de obras superfaturadas no formato de doações legais de campanha.

Edinho Silva assumiu a coordenação
financeira da campanha de Dilma em julho de 2014, quando a Lava Jato
encontrava-se em pleno andamento, com a missão de “blindar a campanha de
qualquer fato que estivesse vinculado às denúncias”, afirma ele, em nota
divulgada neste sábado.

Azevedo disse aos procuradores que a
propina tinha origem em contratos da empreiteira para execução das obras do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Usina Angra 3 e a
Hidrelétrica de Belo Monte. Ainda segundo a reportagem, a delação aguarda a
homologação, por parte do ministro Teori Zavascki. A PGR ainda não se
pronunciou a respeito.

Em sua defesa, o ministro diz que não
poderia ter participado de conluio envolvendo obras federais durante a campanha
presidencial, pois não detinha cargo na administração federal antes de 2015.
“Como eu poderia, portanto, ter atuado em 2014 como articulador de um conluio
envolvendo obras e contratos do governo federal? Isso não existe. Esta é uma
acusação totalmente descabida e grosseira”, segundo o texto.

Na nota, Edinho confirmou ter se reunido
com Otávio Marques no comitê de campanha da chapa Dilma-Temer, em Brasília,
onde o executivo teria comparecido por livre e espontânea vontade para
estabelecer, ele mesmo, os valores e datas para o depósito das doações de
campanha à chapa Dilma-Temer.

“As doações foram declaradas à Justiça
Eleitoral, e os valores mostram que a campanha Dilma-Temer recebeu, inclusive,
um valor inferior ao doado ao candidato adversário no segundo turno. Essa é a
verdade. O restante é uma tentativa escandalosa de criminalizar doações legais
que seguiram as regras e normas da legislação brasileira”, acrescentou.

Edinho Silva disse que
planeja entrar com ações judiciais contra Otávio Marques, a depender do
esclarecimento sobre detalhes da delação premiada do executivo, solicitado por
meio de interpelação legal. (Agência Brasil) 

Foto: reprodução

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