Defensores e opositores do impeachment ficarão separados por 80 metros

Uma barreira, aberta apenas para equipes de segurança, impedirá contato entre os dois grupos na Esplanada dos Ministérios

Postado em: 10-04-2016 às 11h00
Por: Redação
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Uma barreira, aberta apenas para equipes de segurança, impedirá contato entre os dois grupos na Esplanada dos Ministérios

Para evitar
confrontos, defensores e opositores do impeachment da presidente Dilma Rousseff
ficarão separados por um corredor de 80 metros de largura por um quilômetro de
comprimento, que dividirá a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em duas
partes. Aberta apenas a equipes de segurança, a barreira será mantida do dia 15
ao dia 17 deste mês, quando está prevista a votação do processo de impedimento
da presidente no plenário da Câmara dos Deputados. O objetivo é impedir
conflitos entre as duas militâncias. Os manifestantes não poderão ficar no
gramado em frente ao Congresso Nacional. 

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Para reforçar a separação, alambrados de até 2,20 metros, opacos, que não
permitirão a visualização entre os grupos, serão instalados no local. As regras
fazem parte do plano operacional apresentado ontem pela Secretaria de Segurança
Pública do Distrito Federal, que estima em até 150 mil o número de
manifestantes de cada “lado” na Esplanada. 

A Câmara também divulgou restrições no acesso à Casa, que, a partir do dia 14,
estará aberta apenas a parlamentares, servidores, prestadores de serviço e
credenciados, como é o caso de jornalistas. Com exceção dos próprios deputados,
todos terão que passar por detector de metais. Também foram suspensas até o dia
21 as visitas às dependências da Câmara e a eventos, como sessões solenes. Em
nota, a secretaria justifica que as medidas estão “relacionadas a
segurança e proteção das pessoas e do patrimônio físico, histórico e cultural
da instituição”. 

Nas regras definidas pela Secretaria de Segurança do DF para a parte externa,
dos dias 15 a 17, o grupo pró-impeachment ficará no lado sul da Esplanada,
tendo como ponto de concentração o Museu Nacional. Na parte norte, com o Teatro
Nacional como referência, estarão os manifestantes que defendem a permanência
de Dilma Rousseff na Presidência. Bonecos infláveis, a exemplo do Pixuleco, que
traz a imagem do ex-presidente Lula com uniforme de presidiário, estão
proibidos dos dois “lados” da manifestação, por serem considerados
provocativos. Fogos de artifício, megafones e uso de máscaras para esconder o
rosto também não serão permitidos. 

Serão permitidos apenas dois carros de som para cada grupo. Um veículo ficará
no ponto de concentração, no início da Esplanada. O outro poderá transitar na
via, chegando mais perto do Congresso, mas apenas para dar orientações e
recados à militância, e não para puxar gritos de guerra, fazer discursos ou
incitações. Foram liberados quatro telões para cada lado. 

Barreiras de policiais ficarão em pontos estratégicos de acesso aos protestos,
como nos arredores da Rodoviária e nas laterais dos ministérios, e farão
abordagens e revistas em quem chega. Os manifestantes só poderão ir até a
Alameda dos Estados, em frente ao gramado do Congresso Nacional – local ocupado
habitualmente nas manifestações, mas que, desta vez, estará bloqueado. Cercas
já começaram a ser instaladas na área desde sexta-feira. (Agência O Globo) 

Foto: reprodução

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