Marconi vê impeachment como possibilidade real

Governador afirmou que o seu comentário é baseado em informações que diz ter recebido de quem acompanha de perto as conversações

Postado em: 14-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Governador afirmou que o seu comentário é baseado em informações que diz ter recebido de quem acompanha de perto as conversações

Venceslau Pimentel

Em entrevista, ontem, a rádios da região Sudoeste, o governador Marconi Perillo (PSDB) comentou sobre a possibilidade de afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) do cargo. “Pelas informações que tenho recebido, é muito provável que na Câmara (o impeachment) seja aprovado”, disse ao ser indagado sobre o processo já aprovado pela comissão, cujo relatório ficou a cargo do deputado federal e presidente estadual do PTB Jovair Arantes.

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Ontem, a presidente continuou assistindo à debandadade aliados de seu governo. O PSD, presidido em Goiás pelo Secretário de Meio Ambiente, Vilmar Rocha, e pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, no plano nacional, decidiu, por 30 votos a oito, pela admissibilidade do processo do impeachment. a legenda contabiliza os 36 votos da bancada a favor do afastamento da petista.

Kassab não deu entrevista, mas teria dito a aliados que seguiria a orientação da bancada de seu partido. No entanto, ainda mantém mistério sobre a sua permanência no ministério.

A mesma decisão foi tomada pelo PTB, que comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Dos 19 deputados do partido, 15 já teriam manifestado favoráveis ao afastamento de Dilma. O líder em exercício da legenda, deputado Wilson Filho (PB) – que substituiu temporariamente Jovair Arantes – justificou a decisão por considerar que o país não conseguirá sair da crise se o atual governo for mantido. 

Wilson adiantou que não haverá punição para os que não acompanharem a decisão. Assim como no caso de Kassab, os petebistas não cogitam, por enquanto, a saída do senador pernambucano Armando Monteiro do ministério.

Depois da decisão do PMDB, o impacto que mais abalou o Palácio do Planalto ficou por conta da decisão do PP de abandonar o barco de Dilma. O partido entregou os cargos federais e, com isso, a oposição ganha 19 votos a favor do impeachment.

Por sua vez, o PR continua dividido. Dos 40 deputados da sigla, ao menos 25 devem votar com a oposição.

O refresco que Planalto ganhou se deu com a posição do PDT de continuar no governo e votar a favor da presidente. A decisão foi tomada ontem após reunião na casa do líder na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA), com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o ministro André Figueiredo, das Comunicações.o partido conta com uma bancada de 22 deputados. 

Cogitada federalização de rodovias estaduais 

A federalização de rodovias goianas é uma possibilidade real, segundo afirmou ontem o governador Marconi Perillo (PSDB), em entrevista coletiva concedida a 11 rádios da região Sudoeste.

Ao informar que foram abertas 25 frentes de serviço para recuperar as rodovias estaduais daquela, ele explicou que o interesse foi manifestado pelo governo federal, assim como estadualizar outras. No entanto, a investida do Palácio do Planalto ainda não foi oficializada, e que as conversações têm sido intermediadas por parlamentares goianos com trânsito em Brasília.

“O Governo Federal, através de parlamentares, tem manifestado interesse de federalizar algumas rodovias e estadualizar outras. O Governo Federal tem tido eficiência em relação a algumas rodovias. Em relação a outras, deixa a desejar”, disse.

Marconi contou que nos últimos quatro anos restaurar quase 5 mil quilômetros de rodovias estaduais, mas que em 2015 não houve recursos e nem contratos com a União. Este ano, já foram celebrados contratos para manutenção. “À medida que nós tivermos recursos para reconstrução, nós caminharemos para deixar todas as rodovias em excelente estado de manutenção até o final de 2017, início de 2018”, prevê.

Em continuidade de sua agenda de visita a órgãos públicos estaduais, Marconi Perillo discutiu ontem a retomada do programa de meritocracia no Estado, a realização de concursos públicos, a convocação de aprovados e a celeridade nas ações do Goiás Mais Competitivo, na Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan). Participaram da reunião todos os superintendentes da Pasta, aconteceu no 7º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.

O governado solicitou ao titular da Segplan, Joaquim Mesquita, a retomada do programa de meritocracia (sistema de avaliação dos servidores para acesso a cargos de chefia). “Solicitei ao secretário que prepare todos os procedimentos para que façamos a seleção de gerentes meritocráticos em todas as áreas. Essa é uma situação definitiva”, disse. 

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