Deputados repercutem impeachment

A sessão ordinária de ontem da Assembleia Legislativa, a última antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), foi marcada

Postado em: 15-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A sessão ordinária de ontem da Assembleia Legislativa, a última antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), foi marcada por debate sobre o assunto.

Da tribuna, vários parlamentares se revezaram na tribuna, na defesa da petista ou apostando no afastamento dela do cargo.

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Simeyzon Silveira (PSC) disse que a bancada do seu partido votará a favor do impeachment. Para ele, diferentemente do que muitos alegam, não será praticado um golpe. “Golpe é financiar o maior esquema de corrupção ou desacatar os outros Poderes simplesmente porque estão cumprindo o seu papel. Golpe é o roubo de mais de 100 milhões de reais dos cofres públicos. Golpe é assistir mais de 40 ministérios atuando no país, enquanto especialistas dizem que apenas 12 seriam suficientes. Golpe é provocar a volta da inflação e desempregar brasileiros”, frisou.

Isaura Lemos (PCdoB), por outro lado, defendeu a presidente, dizendo que ela não está sendo julgada por corrupção e sim por decretos parlamentares, que, de acordo com ela, não burlaram a lei. Para a deputada, o maior corrupto do Brasil é justamente o comandante do processo de impeachment, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), correligionário do vice-presidente Michel Temer, chamado por Isaura de traidor.

A boa relação do governador Marconi Perillo (PSDB) com a presidente Dilma também foi pauta das discussões. “Agora que o processo de impeachment chegou de fato, dizem que os deputados goianos que participam do Governo vão votar a favor. Domingo vamos ver se o Governador é um homem de palavra”, disse Adib Elias (PMDB), criticando a postura da Governadoria, que recebeu amplo investimento do Governo Federal.

Por sua vez, Gustavo Sebba (PSDB) rebateu o discurso de Adib. Segundo o tucano, é dever da presidente repassar recursos às unidades federativas, independentemente de quem esteja governando. “A Dilma não deu dinheiro ao Marconi. Ela deu dinheiro a Goiás e nosso Estado faz parte do Brasil”, frisou. 

O petistas Luis Cesar Bueno, um dos maiores defensores de Dilma no Parlamento goiano, afirmou que, em caso de vitória da presidente na votação de domingo, tem a certeza de que Marconi irá telefonar para ela a fim de parabenizá-la. 

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