Oposição diz que recorrerá à Justiça contra nomeações

A fim de frear a cooptação de votos feita pelo governo para barrar, na Câmara, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a

Postado em: 17-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

A fim de frear a cooptação de votos feita pelo governo para barrar, na Câmara, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a oposição prometeu recorrer à Justiça para reverter nomeações a cargos públicos. Deputados da oposição disseram já ter acionado advogados para impetrar uma notícia-crime contra as nomeações de cargos publicadas em edição extra de ontem (15) do Diário Oficial da União. Estão publicadas 45 exonerações e 52 nomeações, além de dispensas e remoções de servidores públicos de vários órgão da administração direta e indireta.

“Estamos avaliando entrar com uma notícia-crime contra Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva], Dilma, alguns governadores de estados e agentes do governo federal por estarem negociando cargos de governo. Além do DEM, participam PPS, PTB, PSDB e PSC. Nossos advogados já estão cuidando disso”, disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Ele, no entanto, não quis detalhar quais seriam os casos concretos que serviriam de base para a entrada da notícia-crime.

Deputados da oposição disseram que a repentina viagem do vice-presidente Michel Temer a Brasília foi em consequência da cobrança de parlamentares da oposição, preocupados com a movimentação dos governistas para atrair votos contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

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Segundo o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão especial do impeachment, a oposição pediu que Temer voltasse a Brasília. “O erro foi ele ter ido [ a São Paulo]. Devia ter ficado aqui direto. Mas voltou para ficar perto do centro de decisão”, disse o deputado ao admitir que o momento atual é de disputa de poder. “Não há dúvida disso. Ele [Temer], do ponto de vista de constituição, é o homem que poderá assumir caso a presidenta seja ‘impitimada’”. Líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse que Temer não poderia se ausentar em meio à tamanha campanha implementada pelo governo. (ABr) 

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