Marconi defende redução do número de partidos

Para o governador, se faz urgente uma reforma política no país, para pôr fim, por exemplo, às coligações proporcionais nas eleições

Postado em: 20-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Para o governador, se faz urgente uma reforma política no país, para pôr fim, por exemplo, às coligações proporcionais nas eleições

Sara Queiroz

O governador Marconi Perillo (PSDB) destacou ontem, durante a assinatura do convênio com a Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), que acredita que os votos da bancada goiana a favor do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT) refletiu a opinião da maioria dos goianos em relação a atual crise política brasileira. Ele também defendeu uma “profunda reforma política” para o país, e disse acreditar que seria melhor que o vice-presidente Michel Temer (PMDB), caso assuma a Presidência da República, não dispute a reeleição em 2018.

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Marconi acredita que o resultado da votação na Câmara é uma resposta à inquietude e ansiedade da sociedade brasileira frente à crise política e econômica do país. Ele lembrou que foi deputado federal por duas vezes, e também senador, e entende que a pressão popular pode ter influenciado os votos dentro da Câmara dos Deputados, no último domingo. Para o governador, as redes sociais e a opinião pública são fatores que pesam na decisão dos parlamentares.

Sobre sua posição pessoal em relação ao impedimento da presidente, Marconi preferiu não comentar de forma direta. “Eu sempre evitei comentar sobre esse assunto porque eu não voto, essa não é uma função minha. Eu sou governador do Estado, mas eu acho que o resultado da votação reflete a opinião da imensa e esmagadora maioria dos goianos”. Ele lembrou que todos os parlamentares que fazem parte da base de seu governo votaram favorável ao impeachment.

Marconi acredita que a votação dos deputados federais irá influenciar na decisão do Senado, para dar prosseguimento ao processo contra a petista.

O tucano também disse que sempre defendeu uma reforma política mais profunda, que possa, segundo ele, acabar com a coligação proporcional, para ter como consequência a finalidade do excessivo número de partidos. Ele defendeu também “uma agenda clara em relação ao financiamento público de campanha e criminalização do caixa dois”.

Ao comentar sobre um futuro governo Temer, o governador disse esperar que o novo administrador federal possa montar um equipe “de primeiro nível, sem barganha”, e que o número de ministérios sejam reduzidos e cargos políticos diminuídos. Além disso, Marconi argumentou que o vice-presidente deve ter como objetivo principal anunciar que vai fazer apenas um governo de transição, e que não dispute as eleições presidenciais de 2018.

“Eu acho que essas são premissas fundamentais para que a gente possa ter uma administração com credibilidade, que retome a esperança e tenha uma agenda economia capaz de dar a volta por cima em relação ao desemprego, inflação e volte a investir para que o Brasil possa voltar de fato a ser uma grande nação que ele deve ser”, pontuou. 

Governo libera R$ 9,6 milhões para Hospital Araújo Jorge 

Marconi Perillo assinou, na manhã de ontem, convênio com Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), ao liberar de R$ 9,6 milhões para o Hospital Araújo Jorge, em 12 parcelas mensais de R$ 800 mil. A assinatura do documento marcou a posse da nova da diretoria – presidida por Paulo Moacir de Oliveira Campoli –, e do Conselho Fiscal, em substituição à Diretoria Interventora, que assumiu a gestão de 2012 a 2016, por determinação judicial.

Pelo convênio, o Araújo Jorge dará uma contrapartida de R$ 200 mil, na prestação de serviços de fracionamento, diluição e infusão de remédios oncológicos do Centro de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa. Segundo o secretário estadual de Saúde, Leonardo Viela, o Araújo Jorge é a melhor unidade do Centro-Oeste nesse tipo de serviço, e vai garantir uma administração segura. Como resultado, além da infusão diária mínima em 20 pacientes, a unidade vai evitar a perda de medicamentos fracionados, com grande economia para o Estado.

Este é o segundo convênio fechado com a ACCG pela administração de Marconi Perillo desde 2012, quando foi iniciada a reestruturação da associação, com a destituição judicial da diretoria anterior. Naquela época, Marconi liberou à instituição R$ 6,2 milhões, em 12 parcelas de 520 mil. 

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