Cardozo quer fazer defesa de Dilma no Senado

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, quer a oportunidade de fazer a defesa da presidente Dilma Rousseff em relação ao processo

Postado em: 21-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, quer a oportunidade de fazer a defesa da presidente Dilma Rousseff em relação ao processo de impeachment tanto na comissão especial do Senado quanto no plenário. Ele afirmou que a defesa terá como novidades o questionamento dos pontos do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e da sessão da Câmara que aprovou o parecer. Cardozo e o ministro da Fazenda (Nelson Barbosa) participaram de uma reunião com 18 senadores de diversos partidos: PT, PDT, PP, PPS, PMDB, PR e PSB. Os dois ministros se reúnem na sequência com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

– Pelo que eu entendi, haverá momento para fazermos a defesa na comissão especial. Pelo menos, me foi dito isso e eu entendo que é correto. No próprio Senado o direito de defesa é mais rígido do que na Câmara, porque lá é uma fase de mera aceitação. Então farei a defesa na comissão e no plenário – disse Cardozo.

O ministro não respondeu se consideraria uma violação à defesa a redução do prazo de dez dias úteis para análise da comissão. Apenas reiterou que deseja ter seu direito de defesa nessa fase. Disse que haverá acréscimo na defesa em relação ao que foi apresentado na Câmara.

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– Na nossa defesa agora vamos incorporar incongruência do relatório aprovado, as debilidades do relatório, a sessão de julgamento, como outras questões que devem ser colocadas – afirmou o advogado-geral da União.

Ele se negou a comentar a possibilidade de continuar na defesa, caso o Senado aprove a admissibilidade e afaste Dilma do cargo.

– Não vou falar sobre hipótese. Considero que vamos conseguir demonstrar as nossas razões na comissão de admissibilidade e no plenário – afirmou Cardozo.

O ministro comentou ainda a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de paralisar a tramitação de projetos do interesse do governo. Cardozo afirmou que se trata de mais uma “retaliação” de Cunha. (AG) 

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