Dilma antecipa retorno ao Brasil, mesmo sem agenda

Presidente, que participou de assinatura de acordo sobre mudança climática, em Nova York, na sexta, já reassumiu no cargo no lugar de Temer

Postado em: 24-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Dilma antecipa retorno ao Brasil, mesmo sem agenda
Presidente, que participou de assinatura de acordo sobre mudança climática, em Nova York, na sexta, já reassumiu no cargo no lugar de Temer

Apresidente Dilma Rousseff antecipou a volta de Nova York ao Brasil e já está em Brasília. Dilma participou da cerimônia da assinatura de acordo sobre mudanças climáticas, ontem (22), na sede na Organização das Nações Unidas (ONU), e a previsão era que ela partisse de Nova York anteontem, com chegada a Brasília após as 23h. A presidente, no entanto, desembarcou na Base Aérea da capital por volta de 11h40 e passou o dia no Palácio da Alvorada, sem compromissos oficiais.

Enquanto Dilma esteve fora do Brasil, o vice-presidente Michel Temer assumiu a Presidência da República.

Na manhã de anteontem, Dilma assinou na ONU o Acordo de Paris, que visa a combater os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Ao discursar na ONU, a presidenta citou a crise política brasileira ao dizer que o Brasil vive um “grave momento”.  No fim de seu discurso, Dilma disse que a sociedade brasileira soube vencer o autoritarismo, construir a democracia e saberá “impedir retrocessos”.

Continua após a publicidade

Mais tarde, a presidente concedeu entrevista coletiva a jornalistas estrangeiros e depois a veículos brasileiros e voltou a falar sobre política. Dilma se disse vítima e injustiçada com o processo de impeachment, relatou que vai se esforçar “muito” para convencer os senadores de que não cometeu crime de responsabilidade e voltou a dizer que há um golpe em curso no país. “Dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira.”

Perguntada pelos jornalistas sobre a repercussão internacional que o tema está provocando, Dilma contou que recebeu solidariedade de alguns presidentes que lhe desejaram “força”. A presidente ainda sugeriu que o Mercosul e a União dos Países Sul-Americanos (Unasul) avaliem o processo de impeachment contra ela no Congresso. (ABr) 

Veja Também