CPI do Transporte conclui investigações de denúncias

A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Transporte Intermunicipal vota, nesta segunda-feira, o relatório do deputado Talles Barreto (PSDB).

Postado em: 25-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Transporte Intermunicipal vota, nesta segunda-feira, o relatório do deputado Talles Barreto (PSDB).

A CPI foi montada a partir de requerimento do deputado Humberto Aidar (PT), que se tornou presidente da mesma, para investigar possíveis irregularidades no transporte intermunicipal de passageiros e nas empresas que prestam esse serviço.

O parlamentar sentiu a necessidade de conhecer a situação mais a fundo ao detectar que as empresas que realizam o transporte intermunicipal no estado de Goiás rodam munidas de autorização do Governo do Estado, e não de concessão.

No decorrer dos trabalhos, autoridades foram ouvidas, como promotores de Justiça, advogados e servidores do Estado, conhecedores do tema. Alguns se posicionaram contrários à maneira como o serviço é hoje prestado, o classificando como ilegal, e outros afirmaram não haver irregularidade no transporte.

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Donos e diretores de empresas também prestaram depoimento e expuseram o outro lado da questão, defendendo o serviço oferecido e sua legalidade.

Última reunião

Depoimentos

Os diversos vereadores de São Miguel do Araguaia que compareceram à sessão tiveram dois minutos cada para fazer suas observações e solicitações à Mesa e à empresa. O primeiro a usar a palavra, Ítalo Henrique de Souza, 2º secretário da Câmara Municipal de São Miguel do Araguaia, disse que a luta por melhorias nas viagens da Rápido Araguaia é de muito tempo, e que apesar de diversos requerimentos e visitas à empresa, o serviço não receberia qualquer tipo de melhoria. “Os ônibus são sucateados, quebram constantemente e a passagem é cara. Exigimos mais respeito e consideração, pois não pedimos favor, pagamos por um transporte de qualidade”, declarou.

O vereador Wladimir Pires de Souza afirmou que o serviço prestado pela Rápido Araguaia é “problemático, fraco e precário”. Ele também questionou a utilização de ônibus com vários anos de uso para o transporte de passageiros. “A mesma empresa que faz viagens Goiânia-Brasília oferece ônibus novinhos para os passageiros. Por que então nós somos obrigados a rodar em veículos sucateados?”, questionou.

A prefeita da cidade, Adailza Crepaldi, teve dez minutos para explanar sobre a questão. Ela revelou que o debate sobre a precariedade do transporte intermunicipal oferecido à população de São Miguel data do fim dos anos 1990, e que de lá para cá, apesar da intensa luta, pouca coisa teria mudado.

Adailza reiterou as reclamações dos vereadores e relembrou um grave acidente envolvendo um motorista da empresa que, dirigindo sozinho, dormiu ao volante, causando diversas mortes. “São Miguel é uma cidade turística, por causa do Rio Araguaia, então não podemos aceitar esse nível de transporte, utilizado não somente por moradores da cidade”, finalizou.

Empresa

O diretor-executivo da Rápido Araguaia, Leônidas Elias Junior, convocado para prestar esclarecimentos, reconheceu alguns dos problemas e outros tentou justificar.  

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