Caiado critica defesa de ministros a favor de Dilma

Senador disse que Cardozo, Kátia Abreu e Barbosa usaram argumentos frágeis para desqualificar o processo de impeachment contra Dilma Rousseff

Postado em: 01-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Senador disse que Cardozo, Kátia Abreu e Barbosa usaram argumentos frágeis para desqualificar o processo de impeachment contra Dilma Rousseff

Ao avaliar a defesa dos ministros na Comissão Especial do Impeachment, no Senado, o líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que tentaram transferir a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff (PT) para terceiros. Na opinião do parlamentar, os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa; da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo; e da Agricultura, Kátia Abreu, usaram argumentos frágeis para desqualificar o processo de impeachment já admitido na Câmara e em avaliação no Senado.

Caiado citou a ilegalidade na edição de créditos suplementares sem aval do Congresso, o pagamento dos subsídios do Plano Safra pelo Banco do Brasil quando deveria ser pago pelo governo e a postura ofensiva às instituições brasileiras de Cardozo ao classificar o impeachment de golpe.

“O ministro da Fazenda diz que Dilma não tem que responder por todas as matérias, mas o artigo 76 da Constituição estabelece que o poder Executivo é exercido pela presidente. E houve sim ilegalidade na edição na abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. Para o governo, é a meta fiscal que tem que perseguir o resultado e não o contrário! Já ao Advogado-Geral da União questionei: como uma pessoa na sua função de quem deve zelar pelos poderes constituídos, acusa o processo de impeachment de golpe ofendendo o Legislativo e o STF? A imprensa internacional, ao contrário do que Cardozo disse, não classifica impeachment de golpe. Jornais renomados como Financial Times, New York Times e La Nación não caíram na farsa que o governo tenta vender”, argumentou Caiado.

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Sobre o Plano Agrícola e Pecuário e Plano Safra da Agricultura, o líder do Democratas mostrou o gráfico que aponta o tamanho do calote governista ao Banco do Brasil a partir do segundo mandato de Lula. A lei fixa um prazo para que o governo faça o ressarcimento ao banco após a transferência de recursos para o pagamento dos subsídios do programa. “Temos que mostrar  a verdade. Se o banco não foi ressarcido, teve que arcar sozinho com a equalização dos juros e faltou dinheiro para a política agrária. Os agricultores foram penalizados, principalmente os pequenos. E de uma certa maneira causa constrangimento uma ministra da Agricultura se manter em um governo que transformou o Planalto em palanque para o MST, um movimento que implantou um clima de terror no Brasil”, afirmou.

Caiado ainda respondeu a provocação da ministra Kátia Abreu de que ele teria votado contra o impeachment do ex-presidente Collor: “Eu evoluí, evoluí para melhor”, concluiu. (Da redação com assessoria) 

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