Segunda-feira, 01 de julho de 2024

MPF denuncia ex-governador e Delúbio

O Ministério Público Federal denunciou ontem o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e o empreiteiro Marcelo Odebrecht, além de Ricardo Pessoa, dono da

Postado em: 07-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O Ministério Público Federal denunciou ontem o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e o empreiteiro Marcelo Odebrecht, além de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, e Léo Pinheiro, presidente da empreiteira OAS, todos por corrupção.

A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou também mais 16 pessoas, como o publicitário Marcos Valério e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, condenados no mensalão, e o empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC.

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De acordo com o Ministério Público, os acusados cometeram crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e obstrução à investigação.

Os procuradores pedem o confisco de R$ 7,5 milhões e 200 mil euros, além da aplicação de multa de R$ 70 milhões, correspondente ao dobro do total de propina. Segundo o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, o valor envolvido na corrupção das duas acusações de hoje é R$ 30 milhões.

A denúncia contra Gim Argello, Marcelo Odebrecht, Ricardo Pessoa e Léo Pinheiro aponta que o ex-senador, em parceria com dirigentes das empreiteiras envolvidas no esquema corrupção na Petrobras, acertaram vantagens indevidas.

Entre os meses de abril e dezembro de 2014, houve pagamento de propina para obstruir os trabalhos das comissões parlamentares de inquérito instauradas (CPIs) no Senado e na Câmara dos Deputados.

As CPIs foram abertas para apurar atos ilícitos cometidos contra a petroleira e, conforme se constatou, houve o acerto de pagamento de propina para evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento.

Argello era membro da CPI do Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, formada por deputados e senadores. A ideia era cobrar R$ 5 milhões de cada uma das empreiteiras envolvidas.

As investigações apontaram o acerto com quatro empreiteiras: UTC, OAS, Toyo Setal e Odebrecht. Argello pediu propina também às empresas Andrade Gutierrez, Engevix e Camargo Côrrea, que não aceitaram o pedido. (ABr) 

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