Temer pede confiança para debelar a crise

Presidente, em seu primeiro discurso, diz que é preciso pacificar a Nação e unificar o Brasil, e que vai fazer um governo de salvação nacional

Postado em: 13-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente, em seu primeiro discurso, diz que é preciso pacificar a Nação e unificar o Brasil, e que vai fazer um governo de salvação nacional

Em suas primeiras palavras como presidente interino da República, Michel Temer, disse que o povo brasileiro há de “prestar sua colaboração para tirar o país da crise em que se encontra”, mencionou entusiasmo dos políticos que o prestigiam e voltou a falar que é “urgente pacificar a Nação” e “unificar o Brasil”.

Após dar posse aos novos ministros de seu governo, que comporão uma equipe menor, Temer citou algumas vezes a necessidade de recuperação da economia. Segundo ele, é “urgente” fazer um governo de “salvação nacional”.

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“O povo brasileiro há de prestar sua colaboração para tirar o país dessa grave crise em que nos encontramos. O diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos desafios para avançar e garantir retomada do crescimento”, afirmou Temer, mencionando também a necessidade de partidos políticos e lideranças da sociedade civil participarem.

“Minha primeira palavra ao povo brasileiro é a palavra confiança. Confiança nos valores que formam o caráter de nossa gente, na vitalidade de nossa democracia, na recuperação da economia nacional nos potenciais do país, em suas instituições sociais e políticas e na capacidade de que unidos poderemos enfrentar os desafios deste momento que é de grande dificuldade”, afirmou Temer.

Quando Temer entrou na sala em que deu posse ao novo governo, uma salva de fogos de artifício foi ouvida nos corredores do Palácio do Planalto.

“Eu pretendia que esta cerimônia fosse extremamente sóbria e discreta, como convém ao momento que vivemos. Entretanto eu vejo entusiasmo dos colegas parlamentares, dos senhores governadores e tenho absoluta convicção de que este entusiasmo deriva precisamente da longa convivência que nós todos tivemos ao longo do tempo”, disse Temer.

No momento em que o presidente interino falava, houve uma confusão dos manifestantes contrários ao impeachment da presidenta afastada, Dilma Rousseff, que tentaram entrar no Planalto mas foram contidos pela segurança presidencial.

Desafios 

O ajuste das contas públicas é a principal dificuldade na área econômica que o governo precisa enfrentar para superar a crise, segundo avaliação de economistas ouvidos pela Agência Brasil. “O principal problema do Brasil hoje é fiscal. Se não resolver nosso dilema fiscal, a dívida pública, que está em trajetória insustentável, vai continuar e vai contaminar todos os setores da economia brasileira. Então, tem que fazer uma âncora fiscal para mostrar que, na frente, o Brasil vai de novo ter uma dívida pública sob controle”, disse o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas. (ABr) Foto: Marcos Corrêa/ VPR 

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