Venezuela nega retaliação ao afastamento de Dilma

Depois da reação do ministro José Serra, o presidente Nicolas Maduro nega que seja retaliação o fato de ter chamado ao país o embaixador Alberto Castellar

Postado em: 15-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Depois da reação do ministro José Serra, o presidente Nicolas Maduro nega que seja retaliação o fato de ter chamado ao país o embaixador Alberto Castellar

A Venezuela negou que tenha adotado qualquer medida contra o novo governo brasileiro, por ter chamado ao país embaixador  Alberto Castellar. Segundo o Itamaraty, o governo venezuelano explicou que Castellar deixou Brasília para participar de um compromisso, agendado há algum tempo. A explicação foi dada ao embaixador brasileiro na capital venezuelana.

Na sexta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, anunciou a a convocação do embaixador após a aprovação pelo Senado brasileiro da abertura dio processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff por até 180 dias. 

“Pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que venha para Caracas”, disse Maduro, que considera que houve “um golpe de Estado” no Brasil, em declarações transmitidas por emissoras de rádio e de televisão.

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Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores rebateu em nota oficiai as críticas feitas pelos governos da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua quanto à legalidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Ao justificar o retorno do embaixador, deu a seguinte explicação. “Pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que venha para Caracas”, disse Nicolas Maduro, que considera que houve “um golpe de Estado” no Brasil, em declarações transmitidas pela rádio e pela televisão.

“Estivemos a avaliar (…) esta dolorosa página da história do Brasil (…). Quiseram apagar a história com uma jogada totalmente injusta com uma mulher que foi a primeira presidente que teve o Brasil”, afirmou.

Maduro classificou o afastamento de Dilma Rousseff, na sequência da decisão do Senado, “uma canalhada contra ela, contra a sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro”.

Reafirmando que houve um golpe de Estado no Brasil, apelou aos seus homólogos na região para que reflitam no que aconteceu com Dilma Rousseff.

Nicolas Maduro advertiu para o perigo do “vírus do golpismo” voltar a tomar conta da América Latina, arrastando consigo “grandes convulsões sociais outra vez”.

Na sexta-feira (13), o ministério das Relações Exteriores, José Serra, rebateu as críticas dos governos da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua quanto a legalidade do processo de impeachment da presidente Dilma.

Em nota, o Itamaraty disse “rejeitar com veemência” o que classificou como propagação de falsidades por partes desses governos em relação ao impeachment. A assessoria do Ministério de Relações Exteriores informou que o afastamento de Dilma ocorreu “em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal”.

Legalidade 

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) já rebateu críticas dos governos da Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua quanto a legalidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Em nota, o Itamaraty disse “rejeitar com veemência” o que classificou como propagação de falsidades por partes desses governos em relação ao impeachment. A assessoria do Ministério de Relações Exteriores informou que o afastamento de Dilma ocorreu “em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal”.

O ministério criticou ainda as declarações do secretário-Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e o posicionamento da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Cooperação dos Povos (ALBA/TCP). (ABr) 

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