Justiça condena Marlúcio Pereira por improbidade

Deputado e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, José Macedo, são acusados de devio verba pública para distribuição de brindes

Postado em: 19-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Deputado e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, José Macedo, são acusados de devio verba pública para distribuição de brindes

Sara Queiroz

O deputado estadual e pré-candidato a prefeitura de Aparecida de Goiânia, Marlúcio Pereira (PSB), e o ex-prefeito do município, José Macedo Araújo, foram condenados pela Justiça por improbidade administrativa e devem perder os direitos políticos por cinco anos. Além disso, terão de devolver mais de R$ 900 mil ao erário da prefeitura da cidade. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás e acatada pela juíza Vanessa Estrela Gertrudes, Marlúcio e Macedo utilizaram verbas públicas do município para a distribuição de brindes, com a intenção de promover a campanha do atual deputado estadual, que na época também era pré-candidato a prefeito.

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De acordo com a acusação do promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, feita ainda em 2008, o até então prefeito liberou recursos públicos para pagamentos de brindes como chaveiro, CD e camiseta, para serem distribuídos no Rodeio Show da cidade naquele ano, acompanhados do cartão de Marlúcio Pereira. O promotor também afirma na denúncia levado a Justiça, que os brindes continham uma espécie de logomarca e slogan pessoal de Macedo, “como único objetivo a autopromoção”.

Silva lembra que o Tribunal de Contas do Município (TCM) comprovou que tais brindes e slogan pessoal era não tinha “a devida finalidade ou interesse público”. Segundo a acusação, o ex-prefeito usou a sua logomarca pessoal em todas as peças publicitárias, correspondências oficiais da administração pública municipal, fachadas dos prédios públicos, matérias de divulgação e carros. A marca, segundo o promotor, foi “criada para personalizar sua administração vinculando os serviços e as obras públicas a sua imagem pessoal, visto que utilizou de signos subliminares, usando as iniciais do seu nome”. Marlúcio e Macedo não foram encontrados pela reportagem. 

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