Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Câmara aprova data-base de servidores da prefeitura

Bancada de oposição defendia o pagamento integral do reajuste de 9,28%, mas ele será pago em três vezes

Postado em: 22-06-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Bancada de oposição defendia o pagamento integral do reajuste de 9,28%, mas ele será pago em três vezes

Sara Queiroz

A Câmara Municipal aprovou, em primeira votação, o projeto de lei que revisa a data-base dos servidores de Goiânia. A reposição salarial das perdas inflacionárias será de 9,28%, dividido em três vezes durante o segundo semestre desse ano. Apesar da resistência inicial da oposição, o projeto, de iniciativa do prefeito Paulo Garcia (PT), foi aprovado por unanimidade e deve ser aprovado também em segunda votação nos próximos dias.

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A proposta havia sido aprovada na última segunda-feira (20) na Comissão de Constituição e Justiça. Mesmo tendo sido acordado com os sindicatos, a prefeitura havia apresentado emenda pedindo a exclusão dos agentes comunitários da saúde e de combate a endemia, do projeto de reajuste salarial. O pedido foi recusado pela relatora da proposta, Cristina Lopes (PSDB), seguida pelos demais colegas.

Deníncio Trindade (SD), que compõe a base aliada do prefeito, afirmou que a proposta de emenda foi um equívoco do Paço Municipal e que toda a base apoiava o projeto sem nenhuma proposta de alteração. “O chefe de gabinete do prefeito me ligou e esclareceu que houve equívoco da mensagem do projeto excluindo essas duas categorias, mas que vai ser aprovado sem a exclusão delas. Ele justificou e pediu desculpas por parte do Executivo de ter excluído essas duas categorias”, esclareceu o vereador.

Os servidores dos segmentos que haviam sido excluídos inicialmente lotaram as galerias para pressionar contra possíveis manobras. Mas, como base aliada e oposição já haviam acordado sobre a não acolhimento de nenhuma emenda, o projeto foi aprovado sem dificuldades.

Parcelamento

Como mostrado pelo O Hoje, alguns vereadores reclamavam do reajuste ser proposto de forma parcelada, em três vezes. Elias Vaz (PSB), por exemplo, disse que a prefeitura poderia utilizar esse fato para “dar o calote” nos trabalhadores públicos, que vão ter a maior parte do reajuste pago em dezembro, último mês de gestão de Paulo Garcia.

Já Cristina Lopes disse que encaminhou relatório favorável ao projeto, pois o texto que traz o pagamento de reajuste escalonado já havia sido aceito pelos trabalhadores. Questionada se o último pagamento poderia não ser feito pela prefeitura, por ser a maior e no último mês da atual gestão, a tucana declarou que sempre há receio, mas que não acredita que “algum ser humano, nos dias de hoje, vai ter coragem de tomar uma atitude dessa”.

Pela proposta aprovada, os servidores municipais vão receber as perdas inflacionárias em três parcelas: 1,5% retroativo a maio; 1,5% em setembro e 6,08% em dezembro. 

Foto: reprodução (Câmara Municipal)

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