Paulo Garcia blinda secretário da Saúde

Prefeito diz que não há como desconfiar da idoneidade de Fernando Machado. Empresa de UTI da esposa dele é uma das investigadas pelo Ministério Público

Postado em: 06-07-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Prefeito diz que não há como desconfiar da idoneidade de Fernando Machado. Empresa de UTI da esposa dele é uma das investigadas pelo Ministério Público

Sara Queiroz

Na inauguração do teleférico no Parque Mutirama, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), afirmou que não irá afastar o secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, que teria sido proprietário de uma das empresas de UTI’S envolvidas na Operação SOS Samu, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MP-GO). O petista aproveitou também para esclarecer sobre as dívidas que ele teria recebido do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), mostradas na última prestação de contas, e também para comentar sobre os investimentos da segurança pública no Município.

Segundo o prefeito, Fernando Machado não é investigado e não há motivações para questionar a idoneidade de seu auxiliar. “A empresa que a esposa dele é cotista é em outro município, e ela também não é investigada. Quem é investigado, segundo informações do MP, que eu tive a precaução de pedir ao nosso procurador que fosse pegar todas as informações dessa operação, é um funcionário”, declarou.

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Garcia também disse que o secretário já o tinha comunicado anteriormente sobre a participação da esposa nas cotas de umas das UTI’s investigadas. Ele reafirmou que Machado é uma pessoa “correta e tem contribuído muito para o município de Goiânia”.

Questionado sobre as dívidas que o ex-prefeito Iris Rezende teria deixado para sua gestão na área da saúde, o prefeito foi cauteloso e disse que continua com profunda admiração pelo peemedebista. “No momento. o que algumas pessoas tentam explorar é o afastamento conduzido pelo PMDB da nossa administração e do meu partido. Mas isso não faz com que eu não tenha por ele a mesma admiração que sempre tive”, disse o petista.

Ele justifica que só apresentou o processo movido pelo Estado contra a Prefeitura por conta de dívidas oriundas da gestão Iris, após o questionamento do vereador peemedebista Clécio Alves. “Eu só espelhei a realidade em resposta a um vereador. Foi só isso, eu não fiz nenhuma denuncia”. A dívida, segundo o prefeito, é relativa à falta de repasses do Paço Municipal aos serviços prestados na saúde pelas entidades estaduais. Segundo ele, a dívida voltou a ser paga durante a sua gestão, senão a administração petista teria a conta acumulada.

Segurança

Paulo Garcia falou novamente sobre a função da segurança nos municípios. Para ele, a atribuição constitucional é da União dos Estados, mas que as cidades não podem se furtar de participar do processo. Ele voltou a falar sobre os investimentos do Paço Municipal na área. “Eu faço um pequeno desafio: não há na história de Goiânia nenhum prefeito que tenha investido tanto na Guarda Civil Metropolitana como eu”.

O prefeito diz que tem pela Guarda “profunda admiração” e que a entidade é um dos orgulhos que tem em sua gestão. Como mostrado pelo O Hoje no último domingo (03), os principais pré-candidatos para prefeitura de Goiânia divergem em relação ao assunto.

Ao falar sobre a GCM, o prefeito comentou sobre a participação da deputada estadual e também pré-candidata Adriana Accorsi, na ajuda da organização da força policial municipal. Ele também comentou sobre a pré-candidatura da petista em Goiânia, que, de acordo com ele, sofre algumas dificuldades por conta da “tendência” de se colocar em um mesmo lugar aqueles que têm vinculações com administrações atuais, e que não sabem “separar o joio do trigo”.

“Acho que ela vai surpreender, vamos aguardar, nós estamos muito longe ainda do momento eleitoral”, finalizou. 

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