Temer diz que pente-fino vai racionalizar recursos

Benefícios previdenciários e assistenciais serão revisados pelo governo, para detectar eventuais fraudes

Postado em: 09-07-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

O presidente interino Michel Temer disse ontem que o pente-fino anunciado pelo governo em benefícios previdenciários e assistenciais pode acarretar que o trabalhador que hoje recebe auxílio-doença ou está aposentado por invalidez que não está incapaz passe a trabalhar por meio-período. Segundo ele, a revisão de concessões dos benefícios vai racionalizar recursos públicos. 

Ao participar de um evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente interino voltou a lembrar que terá de tomar medidas impopulares a partir de um certo momento. “É preciso estabelecer, como estabelecendo estamos, alguns aprimoramentos da gestão pública. Dou exemplos singelos aos senhores porque um dia eu disse: ‘Em um dado momento, vamos precisar de medidas que podem não agradar no primeiro momento’. Eu digo no primeiro momento, porque subsequentemente as medidas tomadas irão agradar toda comunidade brasileira”.

Anteontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou a estimativa do governo de fechar o ano de 2017 com um déficit primário de R$ 139 bilhões, e não descartou o aumento de impostos. De acordo com a equipe econômica, a questão será definida até o fim de agosto.

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A uma plateia de 100 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação, ele elogiou a sugestão do presidente da CNI, Robson Andrade, sobre as mudanças anunciadas ontem.

“Ainda agora o Robson me propunha: ‘Olha, nesse projeto aí poderia pensar-se no seguinte: alguma fórmula pela qual perícia médica  pudesse dizer que, já que ele está com problema, alguém está com problema, ele trabalharia apenas meio-dia’. E ele me deu um exemplo claríssimo: se ele está com depressão, se ele ficar em casa é capaz de ficar mais deprimido. (ABr) 

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