Comissão do Senado aprova reajustes para servidores

A previsão é que, em 2017, as despesas do governo superem as receitas com impostos em R$ 139 bilhões

Postado em: 13-07-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A previsão é que, em 2017, as despesas do governo superem as receitas com impostos em R$ 139 bilhões

No momento em que o governo Temer prevê um rombo de R$ 170,5 bilhões nas contas públicas para este ano, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (12) oito propostas de reajustes salariais para servidores públicos civis e militares. A previsão é que, em 2017,  as despesas do governo superem as receitas com impostos em R$ 139 bilhões.

Entre os contemplados estão os servidores da Câmara dos Deputados, Tribunal de Contas da União (TCU), Advocacia-Geral da União, Polícia Federal, Banco Central, ministérios da Educação, da Cultura, do Desenvolvimento Agrário e de ex-territórios federais, além de outras 40 carreiras, entre elas agentes penitenciários, médicos e técnicos de hospitais públicos. As propostas devem ser analisadas pelo plenário da Casa.

Para os militares (PLC 37/2016), o texto prevê um reajuste médio de 5,5% em 2016, 6,59% em 2017, 6,72% em 2018 e 6,28% em 2019. Nesse último ano, o impacto já será de cerca de R$ 14 bilhões, segundo o relatório.

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Carreiras jurídicas

Outra proposta, o PLC 36/2016, beneficia as carreiras jurídicas (advogados da União e procuradores federais, da Fazenda Nacional e do Banco Central). Além do reajuste salarial, esses servidores foram contemplados com a regulamentação dos honorários advocatícios, um adicional pelas causas ganhas pelo profissional.

Pela propostas, os honorários serão pagos na forma de frações de cotas de R$ 3 mil, às quais cada servidor fará jus na medida do seu tempo de serviço. Somente advogados e procuradores com mais de quatro anos de exercício do cargo terão direito a cotas integrais.

TCU

Os servidores efetivos do TCU e as funções comissionadas terão aumento de 31,32% em quatro parcelas, até 2019. Os cargos em comissão terão 52,47% também em quatro anos. Nessa votação, a presidenta da CAE, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), questionou o fato de o reajuste dos salários do servidores do tribunal ser superior ao concedido aos funcionários de outros órgãos federais.

Ela lembrou que o órgão que pediu a rejeição das contas de 2014 da presidenta afastada Dilma Roussef deveria ser o primeiro a dar exemplo de responsabilidade fiscal.

Histórico

A Câmara dos Deputados aprovou 14 projetos que reajustam salários de servidores federais. Dois deles, o PLC 26/2016 e o PLC 29/2016, também já tiveram aprovação final no Senado e encaminhados à sanção. As propostas reajustam os salários dos servidores do Ministério Público e do Judiciário, respectivamente. (Agência Brasil) 

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