Íris retoma a candidatura com reparos a gestão do PT

Peemedebista alerta que se não for tomada providência, Goiânia será uma cidade defeituosa

Postado em: 05-08-2016 às 06h00
Por: Redação
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Peemedebista alerta que se não for tomada providência, Goiânia será uma cidade defeituosa

Da redação

Um mês após anunciar sua aposentadoria política, Iris Rezende (PMDB) anunciou ontem à tarde a retomada de sua candidatura à prefeitura de Goiânia, com críticas indiretas ao seu ex-aliado, o prefeito Paulo Garcia (PT).
Mesmo sendo questionado se ele daria sua palavra de que deixaria a política, o peemedebista, em entrevista à imprensa no dia 6 de julho passado, garantia que sairia de cena, abrindo espaço para novas lideranças de seu partido. Depois, de explicar sua decisão, Iris pontuou, em carta, a seguinte declaração: “Encerro, portanto, minha trajetória como homem público com a consciência tranquila e o coração em paz. Procurei retribuir como político e ser humano a tudo que essa cidade e esse Estado me proporcionaram”. Em seguida, citou o Apóstolo Paulo, com a seguinte frase: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé.” Como se vê, a labuta de Iris vai continuar.
Depois de argumentar os motivos de voltar à disputa, citando apelos de correligionários, Iris defendeu que é preciso avançar nas conquistas alcançadas pela cidade. “Se nós bobearmos, em dez anos já seremos uma cidade defeituosa”. Para ele, o eleitor deve levar isso em conta “para que ele, com amor à cidade e à família, seja partícipe de um novo tempo nessa cidade querida que todos amamos”.
O peemedebista renunciou ao cargo de prefeito, em março de 2010, para disputar o governo do Estado (e foi derrotado). O então vice, Paulo Garcia, assumiu o comando do município, e se reelegeu em 2012, com o apoio do PMDB. No entanto, os dois partidos desfizeram a aliança política no início deste ano. A partir de então, representantes das duas legendas têm trocado farpas pela imprensa.

Alternativa
A movimentação para que o ex-prefeito Iris Rezende se confirmasse como candidato do PMDB começou ainda no início do ano. Apesar de nunca ter se posicionado oficialmente, aliados o colocavam como única alternativa que a sigla teria para a disputa em Goiânia, sentimento que aumentou após a publicação de pesquisa de intenções de votos.
De acordo com a pesquisa do Instituto Paraná, em junho desse ano, ele teria 27,4% dos votos na capital, ao lado de Delegado Waldir (PR). Já a pesquisa Serpes, publicada no mesmo período, mostrava Iris já um pouco à frente do republicano, com 24,8%.
Ele também participou de alguns eventos que outros pré-candidatos já estiveram presentes, como o Fórum Goiano 2020. Na ocasião, Iris havia afirmado que iria se decidir sobre a oficialização da sua pré-candidatura no mês de julho, mas reiterou que já havia dito anteriormente que após a derrota estadual em 2014, não pensava em candidatar novamente, mas que poderia recuar após o surgimento do seu nome com destaque nas pesquisas.
Porém, no dia 06 de julho Iris anunciou, por meio de carta, que não estaria na disputa e que também estaria se aposentando da vida pública. Ele chegou a dizer, inclusive, que não gostaria de interferir na campanha e na escolha de um novo candidato do PMDB. “É irreversível”, disse na época.
Iris também afirmou na ocasião, que a situação era diferente de 2014, quando ele desistiu e voltou atrás, pois naquele ano ele só havia voltado porque o candidato que disputaria o governo estadual pelo PMDB, Júnior Friboi, havia desistido. 
A retirada do nome de Iris mexeu com o cenário político dentro e fora do partido. Enquanto uma ala peemedebista, com maioria de iristas, pensava em lançar nomes próprios, outra parte pretendia formar alianças sem necessariamente ser cabeça de chapa. 

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