Marconi destaca aliança do PSDB com Vanderlan

Governador diz que coligação firmada com candidato a prefeito de Goiânia requer compromisso de reciprocidade

Postado em: 09-08-2016 às 06h00
Por: Renato
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Governador diz que coligação firmada com candidato a prefeito de Goiânia requer compromisso de reciprocidade

Sara Queiroz

Ao avaliar a aliança entre PSB e PSDB para a prefeitura de Goiânia, o governador Marconi Perillo (PSDB) declarou que a união é positiva aos tucanos, e que a partir de agora “as coisas devem seguir normalmente” nos debates de ideias. Foi a primeira vez que ele comentou sobre a aliança articulada na última sexta-feira e que resultou na indicação do vereador Thiago Albernaz para a vice do pessebista.
Questionado se houve decepção pelo fato de os tucanos não conseguirem um nome próprio para a cabeça de chapa, o governador declarou que a situação foi natural e que com o tempo limitado de propaganda eleitoral na rádio e TV os candidatos mais conhecidos acabam se sobrepondo e prevalecendo, e “isso acabou acontecendo”, disse ontem ao inaugurar o Estádio Olímpico.
Marconi foi uma das peças centrais na aliança entre as legendas. Após a volta de Iris à disputa, faltando apenas dois dias para o prazo final das convenções, ele se reuniu com Vanderlan e a senadora Lúcia Vânia para costurar o acordo, enquanto outros partidos da base, PSD e PTB, insistiam em lançar candidatura própria. Com a coligação, os tucanos ganharam uma vice, e o pesebista conseguiu mais partidos para a chapa, que se tornou a maior da disputa.
Sobre a postura de Vanderlan, de querer se mostrar como candidato “independente” da base ou da oposição, o governador declarou que “cada um pode se posicionar do seu jeito” e que respeitava a opinião das pessoas. Porém, ele acrescentou: “O PSDB entrou numa aliança, numa coligação, e claro que o PSDB espera reciprocidade”.
Ele também disse não acreditar que houve falta de coerência dos tucanos ao negociar com Iris Rezende, e que cada um esteve livre para negociar em Goiânia e nas demais cidades. “Eu adverti que cada um estava se preocupando com os seus projetos pessoais e que depois arcassem com as consequências. Foi o que aconteceu”. E acrescentou: “caberá a eles (candidatos) fazerem ou não as críticas. Da minha parte a minha relação com o Iris está completamente resolvida”.
O presidente do PSDB metropolitano, Rafael Lousa, endossou o discurso de Marconi e afirmou que não ter um candidato próprio já é uma “questão superada” dentro do partido. “Essa é uma questão superada. Nós estamos muito bem representados nessa aliança. Ninguém melhor para resgatar esse modo do PSDB de governar do que o neto de Nion Albernaz,. Estamos muitos satisfeitos com a aliança que fizemos, e quem vai ganhar com isso é Goiânia”, comentou.

2018
Os tucanos descartaram que as negociações para a aliança municipal tenham envolvido conversas para 2018. Como a senadora Lúcia Vânia, candidata a reeleição, foi umas das principais articuladoras na união, é esperado que ela tente concorrer em dois anos na mesma chapa que os tucanos, que pode ainda ter Marconi também para o Senado Federal e o vice-governador, José Eliton (PSDB), para o governo.
Eliton negou a informação. “Em 2018, teremos outro cenário, com circunstâncias diferentes. É preciso observar e analisar isso com tranquilidade. O que foi decisivo para a formação da aliança foram questões programáticas para a capital, conceitos de políticas públicas que defendemos e que foram encampadas pelo candidato”. E completou: “Em momento algum foi tratada outra eleição que não a de 2016”.
Rafael Lousa também descartou antecipações em relação ao cenário de 2018, mas disse que é a partir da eleição desse ano que as bases eleitorais vão ser definidas para o próximo pleito. “Então não há que antecipar nada. O importante é focarmos em 2016 e depois discutirmos o resto”. Marconi também evitou comentar sobre possíveis alianças para a sucessão estadual.

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