Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Presidente da assembleia paulista deve ser ouvido em setembro na CPI da Merenda

Deputado foi citado no depoimento do lobista Marcel Ferreira Júlio, considerado um dos mentores do esquema de fraude em licitações

Postado em: 18-08-2016 às 13h20
Por: Redação
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Deputado foi citado no depoimento do lobista Marcel Ferreira Júlio, considerado um dos mentores do esquema de fraude em licitações

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura desvios na merenda escolar em São Paulo aprovou a convocação do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB). O deputado foi citado no depoimento do lobista Marcel Ferreira Júlio, considerado um dos mentores do esquema de fraude em licitações.

Segundo a assessoria do presidente da CPI, deputado estadual Marcos Zerbini (PSDB),  requerimento foi aprovado na sessão de ontem (17) da comissão. A previsão é que Capez preste declarações a partir da segunda quinzena de setembro. O presidente da Alesp tem negado qualquer envolvimento nos desvios.

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Ainda na sessão de ontem foram ouvidos dois ex-funcionários da Cooperativa Orgânica de Agricultura Familiar de Bebedouro (Coaf),  João Roberto Fossaluza e Caio Pereira Chaves, além do ex-diretor da cooperativa, Carlos Eduardo da Silva, que também trabalhava na Secretaria Estadual da Agricultura

Operação Alba Branca

Deflagrada no dia 19 de janeiro, a Operação Alba Branca investiga um esquema de fraude na compra de alimentos para merenda escolar de prefeituras e do governo paulista. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, as fraudes nas contratações da merenda, feitas entre 2013 e 2015, chegam a R$ 7 milhões, sendo R$ 700 mil destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.

De acordo com o Gaeco, os crimes envolvem 20 municípios: Americana, Araras, Assis, Bauru, Caieiras, Campinas, Colômbia, Cotia, Mairinque, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Novaes, Paraíso, Paulínia, Pitangueiras, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, Santa Rosa de Viterbo, Santos e Valinhos.

A Coaf é suspeita de fraudar a modalidade de compra chamada pública, que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. Para isso, foram cadastrados mil pequenos produtores, mas apenas 30 ou 40 faziam os negócios. Havia também operações com grandes produtores e na central de abastecimento do estado. (Ebc) (Pt org)

Edição: Armando Cardoso

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