Vanderlan não crê em prejuízo à sua campanha

Candidato a prefeito de Goiânia sustenta que o PSDB, que faz parte de sua coligação, é importante para o projeto de administrar a cidade

Postado em: 25-08-2016 às 06h00
Por: Redação
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Candidato a prefeito de Goiânia sustenta que o PSDB, que faz parte de sua coligação, é importante para o projeto de administrar a cidade

Vesceslau Pimentel e Mardem Costa Jr.
O candidato a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSB), que tem o PSDB como uma dos partidos que formam a sua coligação, repercutiu ontem a prisão do presidente do diretório estadual tucano, Afrêni Gonçalves, dentro da operação Decantação deflagrada ontem pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Ele se posicionou favorável à investigação sobre supostas irregularidades apontadas pela PF, que teriam ocorrido na Saneago e no diretório tucano, e defendeu punição aos culpados.  “Essa é minha posição, inclusive nosso vice Thiago Albernaz foi autor na Câmara de Vereadores (de Goiânia) do projeto de lei anticorrupção. Então isso eu sou favorável que tudo seja apurado, eu trabalho dessa forma”, disse.
Mesmo que os fatos que estão sendo apurados pela polícia envolver o presidente do PSDB, Vanderlan não acredita que possam prejudicar sua candidatura. Para ele, o “o eleitor saber separar muito bem pessoas de projetos”, e disse que continua acreditando que o projeto com o PSDB na chapa é importante. “Os projetos que estamos apresentando, precisamos do apoio principalmente do PSDB, já que muito dos projetos dependem da parceria com o Estado”, salientou. “O que está aí está sendo investigado e os culpados, com certeza, serão punidos”.
O vice-candidato a prefeito, o vereador Thiago Albernaz (PSDB), espera que seja feita justiça. “O nosso compromisso e sem sombra de duvidas poder contribuir para que essas investigações sejam levadas a frente”.

Nota
O Governo de Goiás divulgou nota ontem, no final da manhã, em que manifesta apoio às investigações da Polícia Federal e Ministério Público Federal, que deflagraram a Operação Decantação, para investigar o suposto desvio de R$ 4,5 milhões de dinheiro público por meio de contratos fraudulentos da Saneamento de Goiás (Saneago).
Na operação, foram presos temporariamente o presidente da estatal goiana, José Taveira Rocha, e o presidente do diretório estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, que ocupa o cargo de diretor de Expansão na empresa. Outras 13 pessoas também estão presas na sede da Polícia Federal, em Goiânia, entre diretores da Saneago e empresários suspeitos de envolvimento nos desvios.
Ainda de acordo com a nota, o Governo está inteiramente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos. “Os procedimentos licitatórios realizados pelos órgãos, autarquias e empresas da administração estadual são pautados pela legalidade e pela transparência”.
Em caráter preliminar, a PF e a MPF suspeitam de que parte do dinheiro oriundo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tenha sido desviado par bancar campanhas políticas do PSDB. Ao final da nota, o Governo diz acreditar na idoneidade dos diretores e superintendentes da Saneago, “e tem a plena certeza de que os fatos apresentados serão plenamente esclarecidos”.
O Diretório do PSDB, por meio da assessoria de imprensa, informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. Apesar de frisar que o dinheiro teria sido empregado para pagar dívida de campanha das eleições de 2014, tanto a PF como o MPF enfatizaram que o governador Marconi Perillo não é alvo da investigação.
Ex-deputado estadual pelo PSDB, Afrêni Gonçalves foi eleito presidente do Diretório Estadual do partido em junho de 2015, numa disputa com o deputado federal Alexandre Baldy, que em maio deste ano se filiou ao PTN.

Candidatos a prefeito repercutem prisões

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Candidatos a prefeito de Goiânia repercutiram ontem os desdobramentos da Operação Decantação e as prisões de José Taveira, presidente da Saneago, e Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB estadual. 
Em seu perfil numa rede social, Delegado Waldir (PR) ironizou a destinação dos recursos possivelmente desviados pelo esquema apontado pela investigação dos policiais federais.
“Agora ficou claro o porquê das obras de esgoto realizadas na Região Noroeste não terem sido concluídas, dos canos serem de péssima qualidade e sem capacidade para absorver os dejetos”. 
Francisco Júnior (PSD) pregou a necessidade do aprofundamento das investigações e a punição dos responsáveis, mas evitaram fazer qualquer tipo de julgamento. Iris Rezende (PMDB) não quis comentar a operação e Adriana Accorsi (PT) não foi encontrada até o fechamento da matéria. O espaço está aberto aos candidatos, caso queiram se posicionar.

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