Candidatos a prefeito arrecadam R$ 1,37 mi

Vanderlan e Delegado Waldir já dispõem, cada, de R$ 500 mil. Iris, que lidera as pesquisas eleitorais, conta com apenas R$ 41,5 mil

Postado em: 03-09-2016 às 06h00
Por: Redação

Mardem Costa Jr.

Um mês após o início oficial da campanha eleitoral, os cinco mais bem pontuados candidatos à Prefeitura de Goiânia arrecadaram, juntos, R$ 1,37 milhão de reais. Com a proibição das doações por pessoas jurídicas, os candidatos dependem de colaborações de pessoas físicas e dos diretórios partidários. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o maior valor arrecadado por cada candidato foi de R$ 500 mil, obtidos por Delegado Waldir (PR) e Vanderlan Cardoso (PSB). 
O socialista doou sozinho boa parte da verba que sua campanha arrecadou – R$ 400 mil – enquanto o diretório nacional do PSB colaborou com os R$ 100 mil restantes. Já Waldir recebeu toda a quantia do comando nacional do PR. Em seguida vem Adriana Accorsi (PT), com R$ 291 mil. A maior parte do valor – R$ 250 mil – veio do diretório nacional do PT, enquanto os demais valores vieram de doações da própria candidata, de uma familiar e de correligionários como o ex-deputado estadual Valdi Camárcio e o secretário Nelcivone Melo.
Francisco Júnior (PSD) arrecadou R$ 80 mil – R$ 50 mil dados pelo pessedista e os demais valores, por doadores. Iris Rezende (PMDB) foi o que menos recebeu doações – R$ 41.490. Entre os colaboradores estão o ex-presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) Marcos Massad e o ex-deputado estadual Jossivani de Oliveira, ambos do PMDB. Flávio Sofiati (PSOL) e Djalma Araújo (Rede) não receberam recursos, segundo apuração junto ao TSE até o fechamento da edição. 

Odebrecht proíbe doações 

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A empreiteira Norberto Odebrecht enviou anteontem um comunicado proibindo os funcionários do grupo de fazer doações a candidatos nas eleições deste ano. A empresa lembra seus funcionários que doações de empresas para campanhas políticas estão proibidas no país. O veto foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado.
O comunicado também proíbe que qualquer funcionário do grupo realize pagamentos e serviços que possam ter vínculos com campanhas eleitorais, como aluguel de espaços e equipamentos, meios de transportes de candidatos e suas equipes ou de gráficas e outras empresas envolvidas na área.
A Odebrecht é um dos principais alvos da Operação Lava Jato. O ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, está preso há um ano e dois meses, sob acusação de comandar um esquema de pagamento de propinas para conseguir contratos em empresas estatais como a Petrobras e a Eletrobras.
O grupo, o maior do país na área de construção e engenharia, negocia um acordo de delação premiada para reduzir as penas a seus executivos. A empresa já revelou no período de negociações que fez doações ilegais para PT, PMDB e PSDB, entre outros partidos. O acordo com a Odebrecht é considerado o mais bombástico da Lava Jato, pelo número de políticos que foram corrompidos pelo grupo.

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